Missa dos 65 anos de Brasília emociona fiéis com homenagem ao papa Francisco e presença de autoridades

Falecimento do pontífice sul-americano marca celebração histórica na Catedral Metropolitana; cerimônia reuniu lideranças religiosas, políti...

Falecimento do pontífice sul-americano marca celebração histórica na Catedral Metropolitana; cerimônia reuniu lideranças religiosas, políticas e comunitárias em tributo à fé, à capital e ao legado do papa

O que seria uma tradicional missa comemorativa pelos 65 anos de Brasília transformou-se em um momento de profunda emoção nesta segunda-feira (21). Na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, o ato litúrgico celebrado pelo arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, uniu celebração e luto com a notícia do falecimento do papa Francisco, ocorrido na madrugada do mesmo dia, em Roma, aos 88 anos, em decorrência de uma pneumonia.

O governador Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Noronha Rocha prestigiaram a missa de aniversário da capital e lamentaram a perda do pontífice | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A missa se transformou em uma grande demonstração de fé e reverência, reunindo centenas de fiéis, religiosos e autoridades que prestaram homenagem ao primeiro papa sul-americano da história, conhecido por sua simplicidade, compaixão e voz firme em defesa dos pobres e da paz mundial.

O ato litúrgico desta segunda-feira (21), na icônica Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, marcou a despedida do papa Francisco, que faleceu em Roma nesta madrugada, decorrente de uma pneumonia | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília

Autoridades reunidas em reverência e solidariedade

Além do governador Ibaneis Rocha e da primeira-dama Mayara Noronha Rocha, que estiveram com o pontífice em visitas ao Vaticano, a celebração contou com a presença de diversas autoridades, em uma demonstração de unidade e respeito ao legado do líder católico.

Compareceram à solenidade:

• Desembargador Roberval Belinati, primeiro vice-presidente do TJDFT, representando o Judiciário;

• Celina Leão, vice-governadora do DF, que exaltou o legado do papa como revolucionário da fé;

• José Humberto, secretário de Governo, articulador da gestão com a sociedade;

• Roney Nemer, presidente do IBRAM, representando o compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade;

• Cristiano Araújo, secretário de Turismo do DF, que destacou a importância de Brasília como destino de fé, história e cultura;

• Além de deputados, membros do clero, representantes comunitários e população em geral.

“A comunidade cristã do Brasil e de todo o mundo recebe essa notícia com muito pesar. O papa deixou ensinamentos eternos: sobre humildade, sobre uma igreja voltada para os que mais precisam. Esse é o seu maior legado”, destacou a vice-governadora Celina Leão.

Brasília: fé, história e futuro

Durante a homilia, o cardeal Paulo Cezar Costa emocionou ao relembrar a missão do papa e refletir sobre a construção de Brasília como um projeto coletivo de sonho e humanidade: “Essa missa é pela cidade e também pela entrega do papa Francisco ao amor de Deus. Brasília é feita de esperança e de fé — que sigamos construindo uma capital mais humana e acolhedora”.

Em sinal de respeito, o governador Ibaneis Rocha decretou luto oficial de sete dias no Distrito Federal. “O papa nos pediu orações nas duas vezes em que estivemos juntos. Ele era humildade em pessoa. É uma honra caminhar com a Igreja e retribuir o trabalho que ela faz pelos mais vulneráveis”, disse o governador.

O altar da fé e da arquitetura

A Catedral de Brasília, uma das mais imponentes obras de Oscar Niemeyer, foi cenário de emoção e espiritualidade. Com seus anjos suspensos e vitrais de Marianne Peretti filtrando a luz com tons celestiais, o templo se tornou espaço de acolhimento e consolo. A arquitetura modernista serviu como moldura para o sentimento coletivo de fé e despedida.

Legado eterno

Papa Francisco deixa um legado humanitário inestimável, tendo sido um incansável defensor do diálogo inter-religioso, dos migrantes, da justiça social e da paz. Sua ausência física foi compensada por sua presença simbólica em cada oração e lágrima derramada na Catedral.