Conforme os EUA cogitam aliviar as sanções à Rússia, a Europa se mantém resistente O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, está ...
Conforme os EUA cogitam aliviar as sanções à Rússia, a Europa se mantém resistente
O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, está considerando suspender sanções contra a Rússia em troca de um cessar-fogo na guerra na Ucrânia. De acordo com Steve Witkoff, enviado da Casa Branca, o alívio das punições pode ser anunciado nas próximas semanas, mesmo antes de um acordo de paz completo ser firmado. As informações são da revista The Economist.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022, os EUA impuseram quase 6,5 mil sanções contra Moscou, visando setores-chave como energia, armamentos e finanças. Enquanto Washington cogita flexibilizar essas restrições, autoridades europeias permanecem firmes em manter suas próprias sanções, que incluem medidas severas contra bancos, exportações tecnológicas e ativos de oligarcas russos.

O Kremlin já começou a se preparar para a possível suspensão das sanções americanas, consultando empresas russas sobre quais restrições gostariam de ver removidas primeiro. No entanto, especialistas apontam que um relaxamento das medidas por parte dos EUA teria impacto limitado sem o apoio da Europa, que antes da guerra mantinha um comércio anual de 258 bilhões de euros com a Rússia.
A possível remoção de sanções americanas poderia aliviar alguns problemas relacionados a pagamentos internacionais, especialmente no que diz respeito ao acesso a sistemas como Mastercard, Visa e Swift. Ainda assim, os ativos do Banco Central da Rússia, estimados em 274 bilhões de euros e congelados na Europa, permaneceriam inacessíveis.
A perspectiva de investimentos estrangeiros também é incerta. Embora o rublo tenha se valorizado após a posse de Trump, investidores continuam cautelosos devido ao risco de novas sanções e potenciais expropriações de ativos. Empresas que tentaram retornar ao mercado russo após 2022 sofreram prejuízos significativos e enfrentaram dificuldades para repatriar lucros.
Enquanto a Casa Branca ainda não discutiu o plano com a União Europeia (UE), autoridades do continente indicaram que podem adotar medidas adicionais caso os EUA avancem com o alívio das sanções sem consultar o bloco. E não aprovam a possível flexibilidade de Trump: “Isso é absolutamente idiota”, declarou um confidente de líderes europeus.
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