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Wagner Group espalha terror e amplia exploração de recursos na República Centro-Africana

Wagner Group espalha terror e amplia exploração de recursos na República Centro-Africana O sequestro e desaparecimento de Privat Damabakizi,...

Wagner Group espalha terror e amplia exploração de recursos na República Centro-Africana

O sequestro e desaparecimento de Privat Damabakizi, em janeiro de 2023, é apenas um entre muitos episódios que revelam o rastro de violência deixado por mercenários russos na República Centro-Africana (RCA). O homem foi levado de casa por indivíduos armados e de pele branca, que usavam balaclavas e uniformes militares e foram identificados por testemunhas como russos. O caso, relatado por seu irmão Alvin, expõe o terror imposto à população local desde a chegada do Wagner Group ao país, em 2018, conforme relata a rede Radio Free Europe (RFE).

Após o sequestro, Damabakizi foi acusado de ter comprado itens supostamente roubados de uma base militar russa. Sua família nunca mais o viu e acredita que ele tenha sido torturado e morto, sem saber o paradeiro de seu corpo.

Wagner Group, fundado por Evgeny Prigozhin, operava como uma força de combate privada, com envolvimento em conflitos na Síria, Líbia e Ucrânia. Na RCA, além de oferecer segurança ao presidente Faustin-Archange Touadera, o grupo explorava recursos valiosos como ouro, diamantes e madeira, atuando de forma paralela ao Estado e acima da lei.

Porta da nova sede do Wagner Group tem a logomarca da organização (Foto: reprodução/VK)

Mesmo após a morte de Prigozhin em 2023, as atividades do Wagner Group continuaram, agora sob o controle do Ministério da Defesa da Rússia e outras agências estatais. O poder do grupo permanece forte, com relatos de sequestros, execuções sumárias, tortura e saques em diversas regiões do país.

“Imagine o pouco poder que você tem quando pessoas armadas aparecem e não falam sua língua”, disse Adam, um comerciante local que teve sua loja saqueada por homens mascarados e armados que falavam russo.

O grupo é acusado de mais de 362 incidentes de violência contra civis entre 2018 e 2024, resultando em pelo menos 786 mortes, segundo dados do Projeto de Dados de Eventos e Localização de Conflitos Armados. Testemunhos coletados por organizações internacionais relatam abusos brutais, incluindo estupros, tortura com choques elétricos e execuções públicas.

Em um dos casos mais chocantes, Jose Befio, ex-comandante de uma milícia treinada pelos russos, foi sequestrado e decapitado após criticar o grupo. O corpo foi encontrado com a cabeça trocada com a de um de seus aliados, uma mensagem de intimidação clara aos opositores.

Apesar das evidências de crimes, autoridades locais e o governo da RCA continuam a apoiar a presença russa. O presidente Touadera reforçou laços com Moscou, incluindo viagens oficiais e homenagens póstumas a Prigozhin.

Muitas vítimas e suas famílias têm medo de denunciar os abusos, temendo represálias. “Ao falar com você, também penso que eles podem reagir, e estou com medo, porque dizer que não tenho medo não seria verdade”, afirmou Alvin, irmão de Damabakizi.


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