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No DF, Educação de Jovens e Adultos abre caminhos para recomeço e transformação

Modalidade oferece a chance de retomada dos estudos para quem não concluiu a educação básica, promovendo inclusão, qualificação e novas opor...

Modalidade oferece a chance de retomada dos estudos para quem não concluiu a educação básica, promovendo inclusão, qualificação e novas oportunidades

Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Carolina Caraballo

A dor da perda de um filho é irreparável. Para Maria Pinheiro de Oliveira, 59 anos, a partida precoce de sua única filha, Tainara, a deixou sem rumo. Enfrentar o luto foi um desafio que parecia insuperável, mas, em meio à tristeza, ela encontrou um refúgio inesperado: a educação. Foi por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que a estudante redescobriu a vontade de viver e, hoje, traça novos objetivos para seu futuro. 

“Fiquei mais de 20 anos sem estudar. Minha filha estudou no CEF 09 de Taguatinga e tinha uma amiga, filha da diretora, que me convidava para retomar os estudos, mas eu sempre respondia a mesma coisa: ‘Agora não, quero acompanhar minha filha, Tainara, na faculdade’”, conta.


De 2019 a 2023, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) formou 31.249 estudantes no Distrito Federal | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Os planos, porém, mudaram após o falecimento da jovem. “Deus recolheu minha filha. Perdi a minha única filha para a depressão. E foi no Centrão que encontrei uma forma de amenizar essa dor. Eu senti que precisava ocupar minha cabeça e enfrentar o luto”, prossegue a estudante.

Desde então, o Centro Educacional (CED) 2 de Taguatinga, conhecido como Centrão, tem sido o porto seguro da mulher. No local, Maria recebeu o acolhimento dos professores e colegas para conseguir seguir em frente. “O Centrão é a porta do futuro. É minha segunda casa”, afirma ela, que hoje sonha em continuar os passos da filha e também cursar uma faculdade. “Não importa a idade, pretendo chegar à Faculdade de Direito”, completa.

Educação descentralizada

Maria não está sozinha nessa jornada. Histórias como a dela se multiplicam entre os estudantes da EJA. Bruno Ribeiro, 35, também decidiu voltar a estudar depois de anos dedicados ao trabalho como pedreiro e bombeiro hidráulico. “Nunca gostei de estudar, mas um dia bateu a curiosidade. Comecei e não parei mais. Descobri que tenho afinidade com algumas matérias e que posso ir além. Estudar é uma evolução pessoal”, diz ele.

De 2019 a 2023, foram 31.249 estudantes formados na modalidade, vidas transformadas com novas possibilidades. Esses alunos estão dispostos em 103 escolas públicas, distribuídas por 14 coordenações regionais de ensino, abrangendo todas as 35 regiões administrativas da capital do país.

A perda precoce da fila motivou a volta de Maria Pinheiro de Oliveira aos estudos: Deus recolheu minha filha. E foi no Centrão que encontrei uma forma de amenizar essa dor

“Essa é uma das estratégias que adotamos para que essa população volte a estudar ou até mesmo inicie os estudos. É importante ter uma oferta descentralizada da EJA, pois, se a escola não estiver próxima da casa ou do trabalho desse estudante, há uma dificuldade em fazer com que ele mantenha sua assiduidade”, explica Lilian Sena, diretora da EJA.

Matrículas

A Secretaria de Educação (SEEDF) disponibiliza três segmentos para a Educação de Jovens e Adultos: anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio. 

“As aulas são para pessoas a partir dos 15 anos, seja aquela que nunca frequentou uma escola, seja para quem não concluiu a educação básica”, detalha a servidora. “Além de ser um direito, é uma oportunidade que essas pessoas têm de concluir os estudos e melhorar a inserção no mercado de trabalho e em atividades laborais.”

Depois de anos trabalhando como pedreiro e bombeiro hidráulico, Bruno Ribeiro decidiu voltar aos estudos: Comecei e não parei mais. Descobri que tenho afinidade com algumas matérias e que posso ir além

Os interessados em iniciar ou retomar os estudos podem procurar uma das 103 escolas habilitadas na oferta da EJA e fazer a matrícula a qualquer momento. É preciso apresentar um documento de identidade pessoal com foto e, se possível, um histórico escolar que comprove a escolaridade – embora a ausência desse documento não impeça a inscrição.

17/02/2025 - No DF, Educação de Jovens e Adultos abre caminhos para recomeço e transformação


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