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Karol Guimarães expõe “solidariedade seletiva” de Poli nas eleições da OAB-DF em entrevista ao Metrópoles

A advogada Karol Guimarães, candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Distrito Federal (OAB-DF) pela chapa 99, “A...

A advogada Karol Guimarães, candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Distrito Federal (OAB-DF) pela chapa 99, “A OAB Que Eu Preciso”, denunciou o uso oportunista da autodeclaração racial pelo candidato Paulo Maurício Siqueira, conhecido como Poli. Em entrevista ao Metrópoles nesta segunda-feira (4), Karol revelou que, apesar de Poli ter se solidarizado publicamente com a impugnação da candidata Cristiane Damasceno devido à autoidentificação racial, ele próprio impugnou duas candidaturas de pessoas negras da chapa 99 pelo mesmo motivo: Robson Oliveira, candidato a secretário adjunto, e Rayane Oliveira, candidata a conselheira seccional.

Vejo que a solidariedade dele é seletiva e aparece apenas quando convém, algo que tem marcado a atual gestão da OAB-DF,

criticou Karol, ao pedir coerência ao candidato e exigir que ele retire as impugnações contra a chapa 99.

Como única candidata de oposição e mulher negra, Karol considera inaceitável que uma questão tão sensível seja instrumentalizada de forma inescrupulosa na disputa eleitoral. Ela também criticou a postura oportunista de Damasceno, que teve sua autodeclaração questionada pelo colega de chapa Everardo Gueiros. Recentemente, Karol classificou as atitudes do grupo como um “vergonhoso vale-tudo”.

Ela relembrou que, enquanto integrante do Conselho Federal da OAB, Damasceno, que agora se diz “indignada”, se omitiu diante da criação da Subcomissão Eleitoral de Heteroidentificação, parte do Provimento 222.

Propostas para uma OAB-DF inclusiva e eficiente

Durante a entrevista, Karol ressaltou seu compromisso com toda a advocacia do DF, que tem sido mantida à margem da OAB-DF nos últimos 20 anos pelo revezamento de grupos internos no poder. Ela defende o uso de tecnologias em prol da advocacia e a oferta de formações contínuas para aprimoramento e crescimento profissional.

O que defendemos são os pilares que a advocacia realmente precisa: valorização financeira e respeito às prerrogativas,

afirmou Karol.

Entre suas propostas, Karol destacou o uso de inteligência artificial para monitorar o Diário de Justiça Eletrônico (PJE) e identificar automaticamente violações como atrasos no pagamento de honorários e valores abaixo dos estipulados por lei. Ela enfatizou que a Ordem precisa agir de ofício para defender os advogados, muitos dos quais trabalham sob extrema pressão e sem o apoio da instituição que deveria representá-los.

Se eleita, Karol também pretende formar agentes de prerrogativas por meio da Escola Superior de Advocacia (ESA), capacitando-os a agir prontamente em caso de violações. A ESA será acessível a todos os advogados do DF, e a candidata planeja parcerias com instituições renomadas, tanto nacionais quanto internacionais.

“Nossa chapa representa a advocacia excluída. Enquanto as outras chapas se revezam no poder há 20 anos, nós nunca tivemos cargos na seccional. A desvalorização da advocacia é responsabilidade deles, que ocuparam posições importantes e nada fizeram”, criticou Karol, prometendo abrir a “caixa-preta” da OAB-DF para devolver à instituição sua representatividade junto aos advogados e advogadas da cidade.

Assista à íntegra da entrevista no link do vídeo Entrevista Completa

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