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ESG foi tema de workshop de inovação da Unimed Federação Centro Brasileira

  Pesquisadora e colaboradoras da entidade explicaram como transformar os valores e princípios ESG em ações práticas Com o obj...





 

Pesquisadora e colaboradoras da entidade explicaram como transformar os valores e princípios ESG em ações práticas



Com o objetivo de desenvolver a cultura de inovação entre as Unimeds federadas, a Unimed Federação Centro Brasileira realizou o workshop “Inovação e ESG”, na manhã da quinta-feira (8), de forma online.



O diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional da Federação, Éder Cássio Rocha Ribeiro, explicou que o tema do evento foi escolhido para desmistificar algumas percepções.

 

“Inovação não é só tecnologia, mas também mudanças de processo. Já o ESG não é só meio ambiente, envolve ainda governança e área social”, ressaltou, destacando que a sociedade tem cobrado esse posicionamento das empresas e, com o evento, a Federação busca preparar as federadas para o atendimento desta demanda.



Para o bate-papo, a superintendente da Federação, Fabiana Daniel, e a coordenadora da Qualidade Thais Cardoso se uniram à consultora da Co-Viva, consultoria de inovação parceira, Carlota Mingolla.



Elas mostraram como o ESG (sigla para “Ambiental, Social e Governança”, em inglês) evoluiu com o tempo de acordo com as necessidades da população de cada área. “Independentemente do setor e da cadeia, não há como não olhar para essa temática. Diante de tudo o que vemos, é preciso ter uma agenda e prática nesse sentido”, lembrou Carlota. 



Um exemplo citado por elas foi a movimentação de empresas de todo o país para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. “A população exige maior transparência das empresas e, por isso, cobra também essas ações e deseja ver os resultados”, afirmou Thais. 



A adequação também impacta o aspecto de marca empregadora, ou seja, a satisfação dos colaboradores e o desejo de trabalhar naquele local. “A geração Z é focada no diálogo, transparência e qualidade de vida. Essas pessoas procuram lugares que tenham essas práticas de trabalho e certificações, com a preocupação não só com o lado profissional do trabalhador, mas também pessoal”, descreveu Fabiana. 



Fator determinante para os negócios



O coordenador do workshop, o analista de Inteligência de Mercado e Inovação da Unimed Federação Centro Brasileira, Arthur Rezende, ressaltou que não há apenas a cobrança da sociedade, pois o cumprimento das expectativas de ESG também pode impactar os negócios. 



“Teremos um cenário em que a minha empresa só irá negociar com a sua se existirem os mesmos valores. ESG é mais do que um conceito e também afeta as relações de negócios”. 



Investimentos, reputação e casos de boicotes são exemplos de resultados das ações ou falhas das empresas nas áreas ambientais, sociais e de governança, como foi debatido no evento. 



ESG na saúde



Em um setor com tantas regulações, é preciso inovar com autenticidade, como esclareceu Carlota Mingolla, pesquisadora da área de ESG. “Quando olhamos para o público (das instituições de saúde), é possível ver que existem oportunidades para ir além do regulatório”. 



Na área de planos de saúde, Thais Carvalho citou sobre a possibilidade de criar produtos que incluam maiores grupos de pessoas. Afinal, o ESG também está na oferta de serviços, como algumas Singulares que, mesmo pequenas, possuem hospitais próprios. “Os valores de ESG podem ser implantados em qualquer empresa, independentemente do tamanho”. 



Outras opções lembradas pelas palestrantes estão no campo na medicina preventiva, como no mapeamento genético e uso de Inteligência Artificial para rastreio de câncer. “Na saúde, a relação é essa: quais inovações trazem uma melhor eficiência para o negócio e benefícios sociais?”, refletiu a superintendente da Federação, Fabiana Daniel. 



Como começar?



Ao final do workshop, as palestrantes listaram algumas orientações para as empresas que querem começar na jornada ESG:



  • Engajamento da alta liderança e planejamento;
  • Entender os benefícios;
  • Saber qual o ponto de partida: os atuais impactos positivos e negativos que a companhia gera;
  • Mostrar aos colaboradores que o ESG é algo do dia a dia e não abstrato.



O debate sobre o assunto se estenderá para outros eventos da Unimed Federação Centro Brasileira. De acordo com Arthur Rezende, está previsto outro evento sobre inovação na saúde. “É uma trilha de aprendizados para implantarmos a cultura da inovação”, descreveu.

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