Tentativa de assassinato abala campanha presidencial nos EUA

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Republicanos se reúnem após atentado contra Trump e Biden

MILWAUKEE - A Convenção Nacional Republicana inicia-se hoje em um clima de tensão após a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump no último sábado. O incidente levou tanto Trump quanto o atual presidente Joe Biden a fazerem apelos pela união nacional e pela calma.

O ataque ocorreu durante um comício em Butler, Pensilvânia, deixando Trump ferido de raspão na orelha direita, um apoiador morto e dois feridos. O suspeito, um jovem de 20 anos, foi morto por agentes do Serviço Secreto. As motivações do atentado ainda são desconhecidas.

Na convenção, que se estende até quinta-feira, Trump deverá anunciar seu companheiro de chapa. Entre os favoritos estão os senadores J.D. Vance (Ohio) e Marco Rubio (Flórida), além do governador Doug Burgum (Dakota do Norte).

O evento em Milwaukee, Wisconsin, ocorre em um momento crítico da história norte-americana, com a nação dividida e a caminho de uma revanche eleitoral entre Biden e Trump em 5 de novembro.

Em pronunciamento televisionado no domingo, Biden declarou: "Não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência. Ponto final. Sem exceções."

Trump, por sua vez, afirmou ao Washington Examiner que seu discurso na convenção será "muito diferente do que teria sido há dois dias", enfatizando a oportunidade de unir o país.

As pesquisas de opinião, incluindo a Reuters/Ipsos, mostram uma disputa acirrada entre os dois candidatos. O atentado reacendeu debates sobre segurança e retórica política, com alguns republicanos acusando os democratas de demonizar Trump.

A campanha de Trump anunciou medidas de segurança adicionais e pediu à equipe que evite "retórica perigosa" nas mídias sociais.

A convenção, que se estende de 15 a 18 de julho, será encerrada com um discurso de Trump na quinta-feira, sob os olhares atentos de uma nação abalada pelos recentes eventos.