Coreia do Norte anuncia envio de militares para apoiar a Rússia em Donetsk no próximo mês A Coreia do Norte confirmou que enviará uma unidad...
Coreia do Norte anuncia envio de militares para apoiar a Rússia em Donetsk no próximo mês
A Coreia do Norte confirmou que enviará uma unidade de engenharia militar à Ucrânia para ajudar as forças russas em Donetsk. O acordo de defesa firmado entre Kim Jong-un e Vladimir Putin promete elevar a tensão internacional a níveis alarmantes, trazendo à tona lembranças da Guerra Fria.
No último dia 19, o presidente da Rússia, Vladimir Putin realizou uma visita oficial de Estado a Pyongyang, a primeira em quase 25 anos. Durante essa visita, ele e o líder norte-coreano Kim Jong-un firmaram um acordo de defesa mútua.
O pacto colocou os aliados ocidentais em alerta. Embora os termos precisos não tenham ficado claros, o governo norte-coreano disse que ele prevê o fornecimento de assistência militar recíproca caso um dos Estados entre em guerra, o que elevaria a aliança aos níveis dos tempos de Guerra Fria.
“No caso de qualquer um dos dois lados ser colocado em estado de guerra por uma invasão armada de um Estado individual ou de vários Estados, o outro lado fornecerá assistência militar e outras assistências com todos os meios em sua posse, sem demora, de acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas e as leis da RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país) e da Federação Russa”, disse a agência estatal norte-coreana de notícias KCNA.
“Bucha de canhão”
Antes mesmo do acordo, a Coreia do Norte já vinha sendo acusada de fornecer armas, munições de artilharia, foguetes e supostamente mísseis balísticos para apoiar as forças russas, conforme estabelecido em uma reunião entre Putin e Kim em setembro.
Com o anúncio do envio de tropas norte-coreanas para a região de Donetsk no próximo mês, há preocupações sobre a escalada do conflito, especialmente porque analistas acreditam que os sapadores, soldados especializados em tarefas de engenharia militar, norte-coreanos enfrentarão dificuldades no campo de batalha.
O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, criticou a decisão, afirmando que as tropas estão sendo enviadas para um massacre. Ele questionou a sensatez dessa escolha, dado o elevado número de baixas entre as forças russas.
“Se eu fosse o gestor do pessoal militar norte-coreano, estaria questionando a escolha de enviar minhas forças para servirem de bucha de canhão numa guerra ilegal contra a Ucrânia”, disse Ryder, adicionando que os EUA monitoram o aprofundamento dos laços militares entre Coreia do Norte e Rússia.
Parceria viabilizada pela China
Ilya Ponomarev, ex-membro do parlamento russo, deu mais detalhes sobre a parceria. Segundo o jornal Daily Express, ele afirmou que a Coreia do Norte ocupa papel estratégico ao permitir a transferência indireta de equipamento militar de Beijing para Moscou sem enfrentar sanções ocidentais.
“A Coreia do Norte é um dos principais parceiros russos, e o significado da lógica por trás deles se tornarem tal parceiro é porque estão agindo como uma ponte entre China e Rússia”, afirmou. “Essencialmente, todo esse equipamento militar que deveria ser entregue pela Coreia do Norte já foi desenvolvido para os norte-coreanos pelos chineses.”
Ponomarev ainda disse que, ao contrário da China, que se preocupa com sanções secundárias dos EUA, a Coreia do Norte não está sujeita a esse risco porque já é alvo de inúmeras sanções.
Fonte: areferencia.com
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