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Indústria brasileira alerta: transição energética precisa ser repensada

O peso desproporcional da descarbonização além do risco de uma transição energética sem proteção comercial Em um debate virtual promovido pe...


O peso desproporcional da descarbonização além do risco de uma transição energética sem proteção comercial


Em um debate virtual promovido pelo IRICE sobre a transição energética no Brasil, Lucien Belmonte, presidente executivo da Abividro e diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da FIESP, criticou como o país está abordando este desafio global. Belmonte questiona a forma como o Brasil está importando discussões que não refletem sua realidade energética, alertando para os riscos de uma abordagem desequilibrada.

"Nossa matriz energética é 48% renovável, contra uma média de 11% nos países da OCDE. Por que estamos discutindo a transição energética da mesma forma que europeus, americanos ou chineses, que têm matrizes infinitamente mais sujas?", indagou Belmonte. Ele ressalta que as emissões da indústria correspondem a apenas 6,1% do total no Brasil, enquanto o uso do solo e a agricultura são responsáveis por cerca de três quartos das emissões.

O executivo critica a falta de proporcionalidade no debate, destacando que setores como o de vidro, que emitem apenas 0,122% do total, estão no centro das discussões, enquanto grandes emissores são pouco mencionados. "A chamada fermentação entérica, basicamente o arroto e flatulência do gado, emite 11 vezes mais que todo o consumo de gás natural no Brasil", exemplificou.

Belmonte também expressou preocupação com a competitividade da indústria nacional diante de barreiras comerciais baseadas em emissões de carbono. Ele alerta que, sem medidas adequadas, o Brasil pode acabar "descarbonizando" sua economia ao custo de fechar fábricas, abrindo espaço para concorrentes internacionais com práticas menos sustentáveis.

"Se não tomarmos cuidado, vamos ter que fechar fábricas para um chinês que emite mais do que o dobro que nós, no caso do vidro plano", advertiu. Belmonte cobra do governo uma postura mais equilibrada e negociada, criticando a abordagem de "comando e controle" e a falta de clareza sobre as metas setoriais de redução de emissões.

O debate levantado por Belmonte coloca em xeque a estratégia atual de transição energética do Brasil, sugerindo que é hora de repensar prioridades e adequar as políticas à realidade nacional, considerando o perfil único de emissões do país e protegendo a competitividade de sua indústria.

Estas e outras questões você pode assistir no debate imperdível promovido pelo Instituto de Relações Internacionais de Comércio Exterior (IRICE) sobre este tema de grande relevância para o nosso país: a transição energética e seus impactos na indústria brasileira.

O evento virtual reuniu especialistas diretamente envolvidos nas discussões sobre como o Brasil enfrentará o desafio da transição energética no contexto das crescentes preocupações com o meio ambiente e as mudanças climáticas. É uma ótima oportunidade para compreender as complexidades e os desdobramentos desse processo para o setor industrial.

Acesse o link abaixo e participe dessa discussão enriquecedora com a moderação de Rubens Antonio Barbosa, Diplomata – Diretor presidente do IRICE e editor da revista Interesse Nacional:

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