Empregando 816 refugiados e imigrantes de 17 nacionalidades, o sétimo maior grupo varejista do Brasil destaca a importância de oportunidades...
Empregando 816 refugiados e imigrantes de 17 nacionalidades, o sétimo maior grupo varejista do Brasil destaca a importância de oportunidades inclusivas e a valorização de diferentes culturas e talentos em suas equipes
No mês de junho é celebrado o Dia Mundial do Refugiado (20) e o Dia do Imigrante (25). O Brasil é o destino de milhares de refugiados e imigrantes todos os anos. A abertura de oportunidades para essa população está cada vez mais presente na agenda de empresas que priorizam a diversidade e inclusão em suas políticas internas. É o caso do Grupo Pereira, sétimo maior grupo varejista do Brasil, que desenvolve estratégias inclusivas para a contratação desses perfis desde 2019.
“No Grupo Pereira, acreditamos na força da diversidade e na inclusão como pilares fundamentais para o nosso crescimento. Temos nos empenhado em oferecer oportunidades para refugiados e imigrantes, reconhecendo a riqueza que diferentes culturas trazem para nossa equipe”, conta Paulo Nogueira, Diretor de Gente e Gestão no Grupo Pereira.
Atualmente, são 662 refugiados e 154 imigrantes de 17 nacionalidades atuando em diversas áreas dentro da companhia. Esses colaboradores ocupam cargos como operador de caixa, auxiliar de perecíveis e repositor, além de algumas posições de liderança, como encarregado de loja e encarregado operacional - parte deles receberam promoções ao longo desse período.
Legna Farias, é venezuelana, mas estava no Peru antes de vir para o Brasil há dois anos e 6 meses. Não havia conseguido trabalho até surgir a oportunidade no Comper. Por meio do gerente, conseguiu fazer a entrevista e foi contratada. “Há oito meses trabalho no Comper do Gama e estou muito feliz com a oportunidade. Comecei como Operadora de Self check-out, depois fui ser Operadora de Caixa e hoje sou Assistente de Caixa. Agora é só trabalhar para crescer ainda mais na carreira”, afirma Legna.
A venezuelana Aura Hernandez, operadora de caixa do Fort Atacadista de Jundiaí, em São Paulo, veio para o Brasil porque já tinha familiares no país. "Comecei a trabalhar aqui e as pessoas me receberam muito bem, me sinto muito confortável porque eles me ajudam a aprender as coisas que não consigo entender." Para Aura, a maior dificuldade foi se adaptar ao idioma, o que logo foi superado. Hoje, está totalmente adaptada à nova cultura, e ainda confidenciou que prefere a culinária brasileira que a venezuelana.
De acordo com entrevista para a ONU News, concedida pelo representante no Brasil do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Davide Torzilli, em 2023, o mundo atingiu o número recorde de 114 milhões de pessoas deslocadas à força, das quais 710 mil vivem aqui no país. O retrato desta população em solo brasileiro é composto por cerca de 560 mil venezuelanos, 87 mil haitianos, 9 mil afegãos, além de pessoas de diversas outras nacionalidades. Chegam da Venezuela cerca de 400 a 450 pessoas por dia no Brasil, e a grande maioria está em situação de vulnerabilidade. A Acnur reforça a estratégia de acolhimento e integração, por meio da proteção comunitária, que encoraja o envolvimento dos refugiados na busca de soluções e na construção de políticas públicas nas comunidades onde passam a viver.
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