Tributos e homenagens marcam a despedida de um dos maiores expoentes da advocacia do Distrito Federal. A morte de Juliano Costa Couto, aos 4...
Tributos e homenagens marcam a despedida de um dos maiores expoentes da advocacia do Distrito Federal.
A morte de Juliano Costa Couto, aos 49 anos, deixa Brasília em luto. Advogado de destaque, ex-presidente da OAB-DF e mestre em direito constitucional, sua partida é sentida por colegas, autoridades e a comunidade jurídica. Com uma carreira marcada por realizações e liderança, Juliano deixa um legado de inspiração e compromisso com o Direito.
O advogado e professor universitário Juliano Costa Couto faleceu neste domingo (28/4), aos 49 anos. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas é sabido que Costa Couto enfrentava um câncer no intestino desde 2017. Ele deixa uma esposa e dois filhos, e seu velório está programado para segunda-feira (29/4) às 9h, na Asa Sul
Nascido em Minas Gerais, Juliano se destacou em sua carreira em Brasília, onde se formou em direito em 1997 pela UDF e abriu seu próprio escritório de advocacia. Sua trajetória inclui a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) de 2016 a 2018, e importantes contribuições como conselheiro desde 2007 e secretário-geral adjunto da seccional. Era também pós-graduado em direito público, processo civil e mestre em direito constitucional.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, lamentou a morte do advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB/DF) Juliano Costa Couto. "Foi um advogado pleno e um líder incontestável à frente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, entidade que presidiu de 2016 a 2018, e onde tivemos a oportunidade de trabalhar juntos, revelando sua competência, equilíbrio e permanente disposição para o diálogo", escreveu o chefe do Executivo local nas redes sociais.
Juliano morreu, neste domingo (28/4), aos 49 anos, em decorrência de complicações de um câncer no pulmão. O governador lembrou ainda do legado que deixa o colega de profissão: "Há de inspirar a reafirmar, a cada dia, o compromisso com o espírito público que nos anima. Seu nome será sempre recordado com saudade, tanto pelos amigos e amigas, pela advocacia, pelo Direito que ele defendeu, e por Brasília, que tanto amou. Aos familiares, deixo os mais sinceros pêsames".
Colegas de profissão
Juliano e Ibaneis atuaram juntos na OAB/DF. Ibaneis Rocha presidiu a entidade no triênio 2013-2015 e entregou o cargo a Juliano, em 2016. No discurso durante a posse do novo presidente da Ordem no DF, o atual governador destacou seu espírito de independência e emocionou-se, dizendo que Juliano Costa Couto seria o "maior presidente da história da OAB do Distrito Federal".
O advogado foi membro de comissões, conselheiro, diretor e presidente da OAB/DF. Após deixar a presidência da OAB, Juliano dedicava-se à advocacia no escritório Costa Couto Advogados, do qual era sócio fundador. Formado pela UDF, em 1997, era mestre em direito constitucional e processo constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), e pós-graduado em processo civil pelo ICAT-Master/AEUDF. Começou a lecionar em universidade em 2000.
Filho de Ronaldo Costa Couto e Virgínia, admirava e inspirava-se no legado do pai, historiador, professor e político. Ronaldo aposentou-se como conselheiro do Tribunal de Contas do DF e chegou a acumular os cargos de governador do Distrito Federal e ministro do Interior, Gabinete Civil e do Trabalho.
A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), também fez uma manifestação pública de pesar pela morte do advogado. "Brilhante, engajado, querido e respeitado pelos mais diversos setores da sociedade no Distrito Federal. Com sorriso fácil e amplo diálogo, conquistou o protagonismo e deixou o seu legado em defesa da Ordem e do Direito. Que Deus conforte todos os familiares e amigos. E que o receba em sua imensa misericórdia", disse mensagem publicada por Celina nas redes sociais.
Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes lamentou a partida do advogado: "O advogado concluiu seu mestrado no IDP, tendo colaborado inúmeras vezes com o Instituto. Além da sua atuação na advocacia, Juliano dedicou-se ao magistério, sendo reconhecido por sua competência e bom humor. Minhas sinceras condolências à família".
"Estou profundamente entristecido com a notícia do falecimento de Juliano Costa Couto. Juliano não era apenas um excelente advogado e professor, mas também uma pessoa de grande caráter e dedicação à justiça e à comunidade de Brasília. Sua partida deixa um vazio imenso, não apenas no coração dos que tiveram o prazer de conhecê-lo, mas também em toda a advocacia e educação jurídica no Distrito Federal. Envio minhas condolências à sua família neste momento tão difícil," lamentou o deputado federal Gilvan Maximo.
Paulo Melo, presidente do Instituto Nacional de Condomínios e Cidades Inteligentes - INCC, destacou a importância de Juliano para a comunidade: "Juliano era um parceiro do INCC e dos condomínios do DF, uma pessoa que adorava os amigos e amava Brasília. Ele sempre será lembrado por nós com muito carinho e respeito."
Seu legado recebe homenagens de várias figuras, incluindo o governador Ibaneis Rocha e o atual presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, ambos ressaltando sua liderança incontestável e seu espírito de colaboração. O presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, desembargador Waldir Leôncio Júnior, e o primeiro vice-presidente, desembargador Roberval Belinati, também expressaram profundo pesar.
Em uma mensagem emocionada, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, lembrou a amizade com Juliano. "A morte do Juliano abala profundamente toda uma geração de Brasília que o viu crescer, em todas as concepções que o verbo crescer possa ter", escreveu em uma rede social. "Conheci Juliano jogando futebol na OAB, isso nos velhos idos dos anos 90. A grande habilidade (não com a bola) em tratar os colegas de time com mesma fidalguia que os do time adversário, revelavam, já naquela época, a lhaneza, o fino trato que o caracterizava. Nesse aspecto, aí sim, Juliano era um craque", completou. "Muitos anos depois, eleito presidente da casa, continuou a exercer esse dom tão (cada vez mais) raro. Juliano era um gentleman. Vá em paz, amigo! Sentirei falta das demonstrações de carinho e das mensagens de incentivo. Bem capaz que Deus vai te receber de terno", finalizou.
A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), publicou uma nota em suas redes sociais relembrando o trabalho de Juliano. "Triste dia para a advocacia e para Brasília! Perdemos uma referência de profissional competente e muito respeitado. Representou tão bem os interesses do cidadão e da OAB, que presidiu com equilíbrio e diálogo. Fica o exemplo e um grande legado. Que Deus conforte a família e amigos", disse o texto publicado pela parlamentar.
Jane Klebia (MDB), deputada distrital, também divulgou uma mensagem elogiando o trabalho de Juliano. "Deixa um legado inestimável para a advocacia e educação jurídica, destacando-se como um profissional de excepcional ética, dedicação e competência. Sempre será lembrado por sua contribuição significativa ao Direito e sua incansável luta pelas causas. Neste momento de dor, expresso minhas condolências à família, amigos e colegas", disse o texto.
O distrital Thiago Manzoni (PL) prestou condolências à família de Juliano. "Com tristeza, recebemos a notícia do falecimento do Dr. Juliano. Pedimos a Deus que conforte o coração da família e amigos", publicou.
O atual presidente da Ordem, Délio Lins e Silva, lamentou a partida do amigo. "Juliano era, acima de tudo, um grande amigo. Que ele seja recebido com todas as homenagens por Deus e que a família possa se unir ainda mais nesse momento de dor. Dia muito triste para todos nós. A OAB/DF já está com luto oficial decretado e presta toda a solidariedade a um ex-presidente muito querido por toda a advocacia", declarou. "Juliano era luz, alegria, irreverência. Carismático, doce, sempre gentil", declarou a vice-presidente da OAB, Lenda Tariana. "Deixou precocemente sua filha Manu e Gustavo, uma das pessoas mais gentis e bondosas que já conheci. Dia triste, de muita dor. O legado de Juliano transcende sua pessoa e está imortalizado nas suas contribuições para a advocacia brasileira", continuou.
O ex-secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, se mostrou consternado com a morte de Juliano. "Soube agora do falecimento do Juliano Costa Couto. Trabalhei com ele na OAB-DF. Pessoalmente estou abaladíssimo. No último domingo (uma semana exata) conversamos por telefone, brincamos, rimos. E agora essa notícia", disse. "Juliano tinha um elevado espírito público, e essa característica ele levou para a Ordem dos Advogados, dignificando e dando brilho à entidade. Foi um exemplo para seus colegas e deixa muitas saudades, completou.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manifestou pesar pela perda do advogado. Em nota publicada no portal oficial, o tribunal prestou solidariedade à família e aos amigos de Juliano. A competência de Juliano foi reforçada pelo primeiro vice-presidente do TJ, desembargador Roberval Belinati: "Foi um dos advogados mais brilhantes do Distrito Federal e um dos maiores oradores da classe. Na solenidade em que recebi o título de cidadão honorário de Brasília, na CLDF, Juliano foi calorosamente aplaudido pelo belíssimo discurso proferido".
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) também divulgou nota lamentando a morte de Juliano, que foi servidor do órgão e atuou na Consultoria Jurídica da Corte. O pai do advogado, Ronaldo Costa Couto, é Conselheiro do TCDF. "Sua passagem pelo Tribunal foi marcada pelo profissionalismo, pela dedicação com que realizava seu trabalho e pela admiração dos colegas", disse o tribunal em nota.
Rodrigo Badaró, advogado e conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), destacou a liderança do advogado. "Juliano era um grande líder, carismático e um amigo querido, que carregava na alma mineira e o espírito empreendedor do brasiliense."
A advogada Thais Riedel, que concorreu à presidência da OAB-DF no último pleito, apoiada por Juliano, elogiou o colega. "Juliano é um exemplo de vida, um ser humano gentil e solidário, que sempre preferiu seguir em grupo, que brilhar sozinho. Um pai amoroso e presente. Um filho honrado, profissional exímio que exerceu o direito seguindo preceito dos melhores: com coragem e sempre buscando a melhor justiça", comentou.
Thais lembrou ainda da luta do colega frente à Ordem. "Foi uma honra estar ao seu lado nas trincheiras da construção de uma advocacia independente e respeitada. Era um grande líder, exercia liderança de forma positiva, altiva, agregadora. Fará muita falta. E seguirá presente em nossos corações e como um exemplo de ser humano, com quem sempre aprendi muito", concluiu.
Juliano deixa a mulher, Aline, com quem oficializou o casamento em 2023, e dois filhos, Gustavo e Manuela.
A vida de Juliano é celebrada como a de um grande advogado, professor, amigo e líder. Sua presença deixará uma grande lacuna, mas seu impacto e os valores que defendeu permanecerão como inspiração para muitos.
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