"Federação dos Petroleiros Insiste em Recurso para Defesa de Acordo Coletivo" A batalha jurídica entre a Federação Única dos Petro...
"Federação dos Petroleiros Insiste em Recurso para Defesa de Acordo Coletivo"
A batalha jurídica entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Petrobras continua, mesmo após a decisão da Primeira Turma do STF. Com o trânsito em julgado declarado, a FUP anuncia recurso ao plenário da Suprema Corte, buscando validar o acordo coletivo que envolve a Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR). A disputa, que já movimentou cifras bilionárias e dividiu opiniões, destaca a importância da isonomia salarial e gera debates sobre a inclusão de adicionais constitucionais nos cálculos trabalhistas.
Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta segunda-feira (4) o trânsito em julgado da maior disputa trabalhista envolvendo a Petrobras, confirmando não haver mais possibilidade de recursos e dando ganho de causa à petroleira estatal.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), contudo, insiste que ainda cabe recurso ao plenário do Supremo. "O julgamento do STF não está encerrado e serão adotadas medidas judiciais pelas entidades sindicais, em defesa da validade do acordo coletivo de trabalho assinado pela Petrobras e os trabalhadores em defesa da RMNR", disse a entidade, em nota.
A disputa envolve o cálculo da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), espécie de piso salarial criado em acordo coletivo de 2007. O impacto financeiro estimado pela companhia era de R$ 47 bilhões.
Em novembro, por 3 votos a 1, o Supremo decidiu favoravelmente à Petrobras. Diversos sindicatos entraram com recurso, mas os últimos embargos de declaração sobre assunto foram todos negados no dia 1º de março, por unanimidade.
O processo discute a inclusão ou não de adicionais constitucionais – como de periculosidade, de confinamento ou por trabalho noturno, por exemplo – no cálculo da RMNR, criado para promover a isonomia entre os vencimentos dos funcionários.
Diversos empregados, contudo, conseguiram ganhar na Justiça o direito de que seus adicionais fossem pagos por fora dos pisos estabelecidos, o que gerou uma situação de desigualdade salarial na empresa, provocando distorções.
As dezenas de sindicatos que participam da ação argumentam que, por haver diferentes entendimentos sobre o assunto, deve prevalecer aquele mais favorável aos empregados. As entidades pedem a exclusão dos adicionais do cálculo da RMNR.
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