Secretário de Turismo do DF e Conselho Alertam para Impacto Devastador da Revogação do Programa Em um esforço conjunto, o secretário de Turi...
Secretário de Turismo do DF e Conselho Alertam para Impacto Devastador da Revogação do Programa
Em um esforço conjunto, o secretário de Turismo do Distrito Federal, Cristiano Araújo, e membros do Conselho de Desenvolvimento do Turismo do DF (Condetur-DF), entregaram uma carta aos deputados da bancada do DF no Congresso, clamando pelo apoio à manutenção do Programa Especial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A medida, essencial para a recuperação do turismo pós-pandemia, enfrenta agora um cenário incerto após a revogação de seus benefícios pela Medida Provisória 1.202/23, levantando preocupações sobre a estabilidade e o futuro do setor.
Os membros do conselho destacaram que o turismo é um dos maiores geradores de empregos diretos e indiretos no país | Foto: Ana Carolina/Setur-DF |
O documento foi endereçado à bancada do DF, expressando a necessidade de suporte à permanência do Programa Especial de Retomada do Setor de Eventos (Perse)
Por Agência Brasília* | Edição: Igor Silveira
Na manhã desta terça-feira (6), o secretário de Turismo do Distrito Federal, Cristiano Araújo, acompanhado dos membros do Conselho de Desenvolvimento do Turismo do Distrito Federal (Condetur-DF), entregou uma carta aos deputados da bancada do DF no Congresso expressando apoio à permanência do Programa Especial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
O Perse, regido pelas Leis 14.148/21 e 14.592/23, foi uma medida essencial implementada para amenizar os efeitos da pandemia de covid-19 no setor de Turismo. A principal medida, a concessão de alíquota zero de tributos federais (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins) por um período de cinco anos, foi um alento para um setor duramente atingido pelas restrições e paralisações impostas pela crise sanitária.
No entanto, a Medida Provisória 1.202/23 revogou os benefícios do Perse, impondo aos beneficiários o pagamento de CSLL, PIS e Cofins a partir de abril de 2024, e do IRPJ a partir de janeiro de 2025. Tal medida, além de levantar discussões sobre constitucionalidade e legalidade, lança o setor de turismo em um cenário de incertezas e instabilidade.
O secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo, comenta o impacto negativo dessa decisão. “O setor de turismo, vital para a economia nacional, verá comprometido seu planejamento contábil, financeiro e tributário, o que poderá resultar no fechamento de estabelecimentos, na retração de investimentos e em graves danos à recuperação e credibilidade do setor”, afirma o secretário.
Os membros do conselho destacaram que o turismo é um dos maiores geradores de empregos diretos e indiretos no país. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores mais beneficiados pelo Perse, como arte, cultura, esporte e recreação, além de alojamento e alimentação, foram responsáveis por um significativo aumento de empregos, contribuindo para uma variação positiva de 34% na média nacional de emprego. A renegociação de dívidas prevista na Lei do Perse resultou em R$ 18 bilhões em receitas tributárias, enquanto o aumento na arrecadação de ISS no DF, reflexo da ampliação das atividades do segmento, saltou de R$ 7 milhões em 2018 para R$ 35 milhões em 2023.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (Abih-DF), Henrique Severien, reforça a união do setor turístico do DF para a permanência da medida. “Acho que nós estamos fazendo nosso dever de casa, trazendo para a mesa todos os assuntos que são importantes e devem ser considerados antes de uma tomada de decisão como essa que foi proposta pelo governo federal”, conclui Henrique.
*Com informações da Setur-DF
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