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"Vendas de Carros Novos no Brasil Crescentes em 2023 e Perspectivas Positivas para 2024, Segundo Fenabrave"

"Setor automotivo registra aumento de 12% nas vendas em 2023, impulsionado por motocicletas, automóveis e comerciais leves" As ven...

"Setor automotivo registra aumento de 12% nas vendas em 2023, impulsionado por motocicletas, automóveis e comerciais leves"


As vendas de carros e comerciais leves novos no Brasil cresceram 12% em 2023 em comparação ao ano anterior, de acordo com a Fenabrave. A alta foi liderada por motocicletas (16,1%), automóveis e comerciais leves (11,3%). Apesar do aumento, o volume ainda não alcança os recordes anteriores, mas a Fenabrave destaca a recuperação importante do setor em 2023. Projeções para 2024 indicam um crescimento de 13,54%, com expectativas otimistas impulsionadas por estímulos fiscais e medidas governamentais.


Expectativa é de crescimento das vendas também em 2024Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Expectativa é de crescimento das vendas também em 2024Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil 61

As vendas de carros e comerciais leves novos registraram aumento de 12% em 2023 em comparação ao ano anterior, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE). Conforme levantamento, todos os segmentos — com exceção de caminhões (-16,32%)  —  registraram crescimento no ano, com destaque para motocicletas (16,1%),  automóveis e comerciais leves (+11,3%).

Apesar do crescimento de vendas de automóveis e comerciais leves, o volume continua longe do recorde de mais de 3,6 milhões de unidades registrado em 2012. No entanto, a Fenabrave ressaltou que o “segmento apresentou uma recuperação importante em 2023”. 

De acordo com a Fenabrave, em 2023 foram emplacadas 4.108.041 unidades, contra 3.667.325 de 2022. O mês de dezembro registrou um dos melhores resultados no volume de vendas. Ao todo, 400.020 veículos foram vendidos nas concessionárias — o que representa expansão de 10,74% em comparação com novembro, (361.222 unidades) e 9,03% na comparação com dezembro de 2022, (117.909 unidades). 

O ano de 2023 também foi o primeiro desde 2019 que o setor registrou a venda interna acima de 2 milhões de unidades. Na avaliação do economista Guidi Nunes, os estímulos fiscais e a queda da taxa de juros contribuíram para alta no setor. 

“O governo federal renovou os incentivos fiscais ao setor automotivo e, ao mesmo tempo, está começando a taxar as importações de carros, principalmente carros elétricos. Então, são medidas que ajudam a recompor esse mercado. Estimula esse mercado consumidor”, destaca.

Projeções para 2024

Segundo a FENABRAVE, as primeiras projeções indicam um crescimento de 13,54%, considerando todos os segmentos somados, com um total de 4.518.871 unidades emplacadas no mercado, como destaca o presidente da entidade, José Maurício Andreta Júnior.

“Para 2024, a expectativa da Fenabrave em automóveis e comerciais leves é termos um crescimento de 12% sobre 2023. Eu espero no meio do ano estar revendo essa perspectiva para cima, em decorrência das recentes medidas que o governo soltou, que contempla todos os elos da cadeia automotiva. Estamos muito otimistas com relação a isso. E para todos os setores que a Fenabrave representa nós esperamos o crescimento de 13,5%”, diz.

Já para caminhões, está previsto um crescimento de 10% em 2024, com cerca de 114.571 unidades emplacadas. As motocicletas, segundo as projeções da entidade, não deverão sofrer perda de oferta ou demanda. O segmento pode apresentar um aumento de 16% nos emplacamentos sobre 2023, chegando a um total de 1.834.571 unidades.

O economista Gudi Nunes também compartilha do otimismo para o crescimento do setor em 2024. “O cenário pode persistir de acordo com o ritmo de queda da taxa de juros Selic, que hoje está em 11,75%. Então, na medida que esse custo do financiamento diminua, vai melhorar as alternativas para a venda de carros no Brasil, que depende muito de uma taxa de juros mais equilibrada”, explica.

Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou projeções mais conservadoras para o setor, com alta de 7% do mercado em 2024.

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