Indicado ao STF intensifica esforços para conquistar apoio decisivo em encontros com senadores críticos Em uma corrida contra o tempo, o min...

Indicado ao STF intensifica esforços para conquistar apoio decisivo em encontros com senadores críticos

Em uma corrida contra o tempo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nomeado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), adotou uma estratégia de última hora para conquistar votos cruciais no Senado. Em seu derradeiro dia disponível antes da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (13), Dino desdobrou-se em encontros separados com senadores da oposição, demonstrando um esforço evidente para superar resistências.

Dino tem percorrido o Senado ao longo das últimas semanas para angariar votos favoráveis em sua sabatina | Foto: Pedro França/Agência Senado

Dino, que tem percorrido os corredores do Senado nas últimas semanas em busca de apoio, concentrou seus esforços em figuras-chave da oposição. Nesta investida, encontrou-se com senadores como Plínio Valério (PSDB), Oriovisto Guimarães (Podemos), Styvenson Valentim (Podemos) e Alessandro Vieira (MDB), este último se definindo como independente. Apesar do tom "civilizado" descrito por Valério, assegurou que sua posição permanece inalterada: "Voto não".

Além dos encontros com senadores individualmente, Dino também se reuniu com as bancadas do PSD, do MDB e com o senador Beto Faro (PT-PA), buscando ampliar seu apoio antes do veredicto na CCJ. O ministro pretende continuar essa peregrinação mesmo durante a noite, numa tentativa de assegurar votos cruciais para sua indicação.

Questionado sobre as reuniões com parlamentares da oposição, Dino ressaltou sua postura não preconceituosa em relação a partidos, baseando-se em sua experiência como ex-governador do Maranhão. Ele alegou estar tranquilo, mesmo diante de um cenário político que promete ser desafiador.

A sabatina de Flávio Dino na CCJ se avizinha como um palco de embates, especialmente com senadores da oposição. No entanto, Dino negou a perspectiva de um confronto acalorado, afirmando que a especulação em torno disso é infundada.

Nesse mesmo contexto, o indicado à Procuradoria-Geral da República, Paulo Gonet, também esteve no Senado, realizando encontros com senadores importantes. Ambos os indicados precisarão de, no mínimo, 14 votos na CCJ para avançarem para o plenário do Senado, onde a aprovação exigirá o apoio de, no mínimo, 41 senadores. O futuro dessas indicações permanece incerto, pendendo sobre os votos que serão decididos durante a sabatina na CCJ.