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Queda do petróleo amplia pressão por reajuste de combustíveis

A companhia reduzirá em R$ 0,27 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,78 por li...


A companhia reduzirá em R$ 0,27 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,78 por litro


O preço do petróleo fechou a quarta-feira (6/12) em baixa de até 4%, com o barril do WTI custando menos de US$ 70 e o Brent a menos de US$ 75 — o menor patamar para os dois índices desde julho.

A Petrobras anunciou a redução de 6,66% no preço do diesel a partir de amanhã (08/12). A companhia vai baixar em R$ 0,27 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,78 por litro. Os preços da gasolina e do GLP foram mantidos.

Segundo a empresa, o ajuste é resultado da "análise dos fundamentos dos mercados externo e interno frente à estratégia comercial da Petrobras, implementada em maio de 2023 em substituição opolítica de preços anterior, e que passou a incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação".

A queda da cotação do petróleo no mercado internacional tinha deixado o preço do diesel vendido no Brasil cerca de 6% mais caro que o negociado no exterior — percentual equivalente à redução anunciada nesta sexta-feira (7/12) —, o que tinha aumentado a pressão pela redução do preço.

A redução é influenciada pelas incertezas em meio à alta nos estoques americanos de gasolina, aos temores de uma possível desaceleração da demanda e à desconfiança em relação aos efeitos dos cortes da Opep+.

No Brasil, a pressão pela redução dos preços dos combustíveis aumenta com os patamares mais baixos do petróleo no mercado internacional.

Isso porque as cotações mais baixas já derrubaram os preços do diesel no exterior, levando o Brasil a vender o combustível 6% mais caro do que lá fora, segundo cálculo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

O último reajuste dos combustíveis feito pela Petrobras ocorreu em meados de outubro, com a queda de 4% no preço da gasolina e alta de 6,5% no diesel.

Valor na bomba

Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor terá uma redução de R$ 0,24 por litro e passará a ser, em média, R$ 3,33 a cada litro vendido na bomba.

Dessa forma, o preço médio do diesel A S10 nas bombas poderá atingir o valor de R$ 5,92 por litro, considerando que o Levantamento de Preços de Combustíveis da ANP para a semana de 26/11 a 02/12 indicou um valor médio de R$ 6,16 por litro.

"Destaca-se, no entanto, que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. Dessa forma, esta estimativa tem propósito meramente referencial, mantidas constantes as demais parcelas que compuseram os preços ao consumidor naquele período. Cabem às autoridades competentes a fiscalização, autuação e penalização de práticas abusivas ou lesivas ao consumidor", disse a estatal em comunicado.

Gasolina e GLP mantidos

No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,71 por litro, equivalente a 15,8%.

A companhia manteve o preço da gasolina, reajustada pela última vez em 21/10, com uma redução de R$ 0,12 por litro. No ano, os preços de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras acumulam uma redução de R$ 0,27 por litro, equivalente a 8,7%.

No caso do GLP, os preços de venda às distribuidoras permanecem estáveis desde 01/07. No ano, os preços de GLP da Petrobras para as distribuidoras acumulam uma redução equivalente a R$ 10,40 por botijão de 13kg, ou 24,7%.

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