"Maceió em Alerta: Prefeito JHC Busca Soluções Federais Frente ao Desafio do Colapso de Mina" Bairro Pinheiros com diversos imóvei...
"Maceió em Alerta: Prefeito JHC Busca Soluções Federais Frente ao Desafio do Colapso de Mina"
Bairro Pinheiros com diversos imóveis abandonados | Foto: Divulgação YouTube
"Em um momento crítico para a capital alagoana, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), desloca-se a Brasília em busca de apoio federal para enfrentar o iminente colapso da mina nº 18 da Braskem. Nesta jornada, JHC apresenta um levantamento detalhado dos impactos significativos na infraestrutura da cidade, realçando as necessidades emergenciais em educação, saúde e mobilidade urbana, enquanto articula parcerias estratégicas com o governo e lideranças políticas."
Por Jornalista Anderson Miranda
Editor-Chefe do TRIBUNA DO BRASIL
**Brasília, 04 de Dezembro de 2023** - O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), em um movimento urgente e necessário, esteve hoje em Brasília para discutir o futuro de Maceió diante de uma crise iminente. A capital alagoana enfrenta uma situação preocupante com o possível colapso da mina nº 18 da Braskem, localizada no bairro do Mutange. O impacto dessa situação estende-se além da geologia, afetando essencialmente a infraestrutura e a vida dos cidadãos de Maceió nas áreas de educação, saúde e mobilidade urbana.
Levantamento de Danos e Busca por Apoio
JHC, acompanhado de sua equipe, apresentou um levantamento detalhado dos danos causados pela mineração, evidenciando a pressão crescente por serviços básicos e logística na cidade. “Nosso intuito é evidenciar a realidade de Maceió para que, em parceria com o governo federal, possamos desenvolver soluções eficazes. A necessidade de financiamento é premente, e a prefeitura sozinha não conseguirá suprir todas as demandas que emergem deste cenário”, explicou o prefeito.
Reuniões Estratégicas em Brasília
Durante sua estadia na capital federal, JHC participou de reuniões com vários ministérios, incluindo o do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Integração e Desenvolvimento Regional, Turismo, Aquicultura e Pesca, além da Agência Nacional de Mineração (ANM). Esses encontros visaram discutir e planejar ações conjuntas para enfrentar a emergência.
Após essas reuniões, o ministro Wellington Dias anunciou que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) irá priorizar o atendimento às populações vulneráveis, integrando ações de acolhimento, abrigo e suporte nutricional, além de atenção especial à saúde física e mental das pessoas afetadas.
Financiamento e Habitação
O prefeito também encontrou-se com Carlos Vieira, presidente da Caixa, para debater sobre o financiamento de projetos que visam diminuir o déficit habitacional em Maceió. “Estamos planejando a criação de um grupo de trabalho para monitorar as demandas e desenvolver estratégias eficientes para auxiliar na reconstrução da cidade”, disse JHC.
Reconhecimento Federal e CPI
Recentemente, o governo federal reconheceu o estado de situação de emergência em Maceió devido ao afundamento do solo, uma medida que permite à prefeitura solicitar recursos federais para assistência humanitária.
Em paralelo, há discussões sobre a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a responsabilidade da Braskem nos danos causados. O presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), expressou apoio à CPI, mas ressaltou a necessidade de uma investigação imparcial, referindo-se às críticas sobre a imparcialidade do senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor do requerimento para a criação da comissão.
Alerta Máximo
A Defesa Civil de Maceió reportou um deslocamento vertical acumulado de 1,80 metro na mina da Braskem, com uma velocidade vertical de 0,26 centímetros por hora, indicando um movimento de 6,3 centímetros nas últimas 24 horas. A situação é crítica e a população foi aconselhada a evitar a área de risco até novas atualizações.
A visita do prefeito de Maceió a Brasília marca um passo crucial na busca por soluções e apoio federal para uma situação que ameaça não apenas a estrutura da cidade, mas também o bem-estar de seus habitantes. Com a união de esforços entre os governos local e federal, espera-se encontrar caminhos para superar esta crise e garantir a segurança e qualidade de vida em Maceió.
Braskem: entenda 5 pontos sobre o desastre ambiental ocorrido em Maceió
Imóveis foram evacuados em 5 bairros da capital alagoana | Foto: Reprodução/Google Maps
Mais de 14 mil casas foram danificadas pelos tremores de terra e pelo afundamento do solo na capital alagoana
Considerado o maior desastre ambiental urbano do Brasil, os afundamentos do solo de Maceió completaram cinco anos em março de 2023. O desastre atinge uma área equivalente a 20% do território da cidade. Cerca de 60 mil pessoas tiveram de deixar suas residências na capital alagoana por causa da atividade de mineração da Braskem.
1. Quando começou o desastre em Maceió?
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os primeiros danos no solo em Maceió foram registrados depois dos tremores de terra que atingiram a cidade no dia 3 de março de 2018. O terremoto foi de apenas 2,4 pontos na escala Richter, mas forte o bastante para provocar rachaduras em diversos imóveis.
Os danos atingiram mais de 14 mil casas, apartamentos e estabelecimentos nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
2. O que provocou os tremores e afundamentos do solo?
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia, os tremores de terra e o consequente afundamento do solo na capital alagoana foram provocados pelas atividades de mineração da Braskem — em uma área de falha geológica.
3. O que aconteceu em Maceió depois dos primeiros tremores?
As famílias que viviam nas áreas atingidas tiveram de deixar a região, diversos estabelecimentos comerciais fecharam, e hospitais foram relocados. Uma consequência direta no mercado imobiliário de Maceió foi a desvalorização dos imóveis.
Em janeiro de 2020, a Braskem firmou um acordo com uma força-tarefa formada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual e Defensorias Estadual e da União. O objetivo era processar a indenização dos proprietários de cerca de 14,5 mil casas.
A empresa de mineração também ficou responsável pela estabilização e monitoramento do fenômeno geológico que atinge a cidade de Maceió.
4. O que causou o novo alerta na capital de Alagoas?
Na última quarta-feira 29, a Defesa Civil de Maceió fez um alerta: uma das minas da Braskem está sob risco iminente de colapso. Isso fez com que a população que residia próxima à área afetada, no bairro de Mutange, fosse orientada a deixar o local o mais rápido possível.
Bairros abandonados em Maceió. Foto: Reprodução/Google Maps
A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por um período de 180 dias.
Medidas de emergência foram adotadas na região, incluindo a preparação de abrigos para os quais as famílias deslocadas foram enviadas. A Braskem informou que suspendeu as atividades na área de resguardo “em decorrência do registro de microssismos e movimentações de solo atípicas pelo sistema de monitoramento”.
5. Quando finalmente o solo de Maceió será estabilizado?
Ainda de acordo com o jornal supracitado, a atividade de mineração em Alagoas deixou um rastro de impactos geológicos e ambientais que ainda está em curso. Em Maceió, a possibilidade de outros tremores e afundamento não está descartada.
Segundo o geólogo Pedro Cortês, o cenário na região deve criar uma cidade fantasma. Isso porque o local afetado pelo fenômeno geológico dificilmente será utilizado no futuro.
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