‘Dama do Tráfico’ discursou em evento do governo Lula contra revistas em presídios Mulher de líder do Comando Vermelho disse que a medida é ...
‘Dama do Tráfico’ discursou em evento do governo Lula contra revistas em presídios
Mulher de líder do Comando Vermelho disse que a medida é um 'problema muito grande'
Condenada a 10 anos por tráfico, Luciene disse que já fez denúncias de violações dos direitos dos presos e que nada foi feito | Foto: Reprodução/Instagram/luhfariasoficial
Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do Comando Vermelho preso no Amazonas e conhecida como “dama do tráfico”, criticou as revistas em presídios em discurso num evento do governo Lula.
O evento foi promotivo pelo Ministério dos Direitos Humanos na segunda-feira 6 em Brasília. A própria pasta pagou as passagens da dama do tráfico até Brasília.
“Aqui eu peço também que seja vista a situação das visitas”, disse a dama do tráfico no 4º Encontro Nacional dos Comitês de Prevenção e Combate à Tortura e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura. “Que nós, familiares, quando vamos visitar, temos um problema muito grande com a revista vexatória.”
Dama do tráfico usou crianças para pedir fim das visitas íntimas em presídios
Luciane Barbosa Farias esteve em duas oportunidades no Ministério da Justiça; ela é mulher de um dos líderes do Comando Vermelho | Foto: Reprodução/Twitter/X
Condenada a 10 anos por tráfico, Luciene disse que já fez denúncias de violações dos direitos dos presos e que nada foi feito. Ela também usou as crianças como motivo para proibir as revistas íntimas.
“As crianças são revistadas, baixa a fralda da criança, põe a criança no chão”, disse a dama do tráfico. “É inadmissível que a pena do preso passe para o familiar. Isso é inconstitucional. Então eu peço socorro pelo estado do Amazonas e reitero pelas mesmas unidades prisionais que passam pela mesma mazela.”
Luciane é mulher de Clemilson Barbosa Farias, conhecido como “Tio Patinhas”. Ele foi condenado há 31 anos por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil do Estado, a Associação Liberdade do Amazonas — organização não governamental (ONG) presidida por Luciene — foi usada para lavar dinheiro do tráfico do Comando Vermelho. A polícia disse que a ONG tem como “objetivo perpetuar a existência da facção criminosa e obter capital político para negociações com o Estado”.
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