"Enquanto Lula convoca Marinha e Aeronáutica para combate ao crime no Rio, Bolsonaro canta o refrão de suas políticas anteriores de lib...

"Enquanto Lula convoca Marinha e Aeronáutica para combate ao crime no Rio, Bolsonaro canta o refrão de suas políticas anteriores de liberação de armas."

Por Anderson Miranda, Editor-Chefe do Tribuna do Brasil

No samba da segurança pública, enquanto o presidente Lula tenta acertar o tom chamando as Forças Armadas para o palco, Bolsonaro rouba a cena com seus acordes anteriores de liberação de venda de armas. O Rio, palco de atos violentos, torna-se agora uma orquestra onde cada nota, cada decisão e ação dos presidentes reverbera nas ruas.

"Canta comigo!" | Foto: Montagem Tribuna do Brasil

O presidente Lula, ao convocar a Marinha e Aeronáutica em sua tentativa de combater o crime organizado, não deixou de observar as notas dissonantes que ecoam do passado. Em seu programa semanal, ele aludiu à recente liberação de venda de armas, uma clara referência ao "hit" da gestão anterior de Jair Bolsonaro. Essa política, que Lula chamou de "atabalhoada", adicionou novos instrumentos ao crime organizado, permitindo que a orquestra da violência tocasse ainda mais alto.

Mas enquanto Lula tenta rearranjar essa composição, Bolsonaro, mesmo fora do palco principal, continua a ser uma figura inegável na música política do Brasil. Suas políticas anteriores ressoam no cenário atual e, em cada esquina, é possível ouvir ecos da sua melodia, seja em críticas ou em aclamações fervorosas. Nas ruas, muitos ainda entoam letras nostálgicas: "Saudades, meu presidente! Estamos sofrendo!"

Por onde passa, Bolsonaro ainda mobiliza multidões. Sua presença é como a de um astro do rock que, mesmo após o apogeu, ainda é capaz de lotar estádios e reunir fãs fervorosos, cantando hits antigos e clamando por um bis.

A disputa entre esses dois titãs da política brasileira, Lula e Bolsonaro, é uma verdadeira batalha de bandas, onde cada um tenta tocar sua melodia mais alto que o outro. Enquanto Lula tenta introduzir novos acordes, Bolsonaro se mantém firme com sua base de fãs, lembrando a todos de seus dias de glória no palco principal. No final, cabe ao público - o povo brasileiro - decidir qual música querem ouvir.