Contrato já permitiu mais de 100 cirurgias cardíacas pediátricas em 2023 Parceria do GDF com o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Di...
Contrato já permitiu mais de 100 cirurgias cardíacas pediátricas em 2023
Parceria do GDF com o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal atende pacientes de alta complexidade. Organização também realiza transplantes de órgãos em usuários do SUS
Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno
Olhinhos miúdos, ainda tateando a vida tão recente. Mal sabiam esses olhos o grande esforço feito pelo Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) para mantê-los abertos. Aos oito meses, a bebê recebeu o diagnóstico de defeito do septo atrioventricular com hipertensão pulmonar.
Com contrato de R$ 186 milhões com a SES-DF para fazer atendimentos cardiológicos, o ICTDF realizou, até 21 de julho 691 cirurgias entre adultos e crianças, 2.096 procedimentos de cateterismo e 585 angioplastias, entre outros, somando 3.637 atendimentos, 2.270 só neste ano| Foto: Divulgação/CTDF
O nome difícil dado à condição de Yasmin Yamaguchi logo após o nascimento, em dezembro de 2022, assustou os pais. Era o início de uma jornada de internações e temores que finalmente se encerrou no fim de julho deste ano, quando ela recebeu alta do ICTDF – uma organização sem fins lucrativos contratada pela Secretaria de Saúde (SES-DF) para realizar atendimento a pacientes cardiológicos de alta complexidade e que já superou a marca de 100 cirurgias cardíacas em crianças, apenas em 2023.
“A rede complementar de saúde é fundamental para oferecermos o melhor tratamento possível à população. Por isso, a assinatura desse contrato foi uma prioridade logo no início da gestão, tendo validade inicial de dois anos” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
“Eu quero deixar bem clara a minha gratidão à secretaria, ao ICTDF e a todos os envolvidos. Os melhores médicos estão no SUS (Sistema Único de Saúde)”, agradece a mãe de Yasmin, Camila Yamaguchi, de 41 anos. Ela conta que fez um pré-natal tranquilo, mas foi internada 42 dias antes do parto por conta da perda do líquido amniótico. Depois do nascimento, em 5 de dezembro, com 33 semanas de gestação, a bebê ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de um hospital privado até o fim de janeiro. As perspectivas não eram positivas. “O defeito do septo atrioventricular é incompatível com a vida porque a criança fica com baixa oxigenação”, explica o pai, o servidor público Roberto Yamaguchi, 39.
Yasmim, com os pais Camila e Roberto Yamaguchi, nasceu com defeito do septo atrioventricular. Após tratamento no ICTDF, família espera desenvolver ainda mais a capacidade cardiopulmonar e realizar os sonhos tão planejados | Foto: Arquivo pessoal
A família procurou ajuda perto de casa, na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Taguatinga, localizada na Praça do Bicalho. De lá, foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde foi avaliado o grau de gravidade da Yasmin. Em seguida, o Complexo Regulador do DF a direcionou para atendimento no ICTDF. A instituição tem um contrato de R$ 186 milhões com a SES-DF para realizar atendimentos cardiológicos. Até 21 de julho, já foram 691 cirurgias entre adultos e crianças, 2.096 procedimentos de cateterismo e 585 angioplastias, entre outros, somando 3.637 atendimentos, 2.270 só neste ano.
“Trabalhar em parceria com a SES-DF é vital para a sustentabilidade do instituto, visto que 90% da nossa produção é voltada ao atendimento dos pacientes encaminhados pela pasta, do SUS”, afirma o superintendente do ICTDF, Gislei Oliveira.
A organização também realiza transplantes de órgãos para pacientes do SUS, tendo registrado mais de 130 procedimentos em 2023. “A rede complementar de saúde é fundamental para oferecermos o melhor tratamento possível à população. Por isso, a assinatura desse contrato foi uma prioridade logo no início da gestão, tendo validade inicial de dois anos”, destaca a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Para Camila, mãe de Yasmin, o ICTDF também significa a oportunidade de fazer um tratamento de alta complexidade sem precisar ir para longe. “Eu fiquei lá praticamente um mês. Tive contato com muitas mães, e várias moram em outros estados”, lembra. Agora, a expectativa é ver a filha, também diagnosticada com Síndrome de Down, desenvolver ainda mais a capacidade cardiopulmonar e realizar os sonhos tão planejados. “É viver um dia após o outro, esperando que o melhor aconteça”, finaliza Roberto.
*Com informações da SES-DF
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