Unidades sentinelas ajudam no acompanhamento das síndromes gripais no DF Nove locais monitoram atendimentos e pontuam número de casos. O tra...
Unidades sentinelas ajudam no acompanhamento das síndromes gripais no DF
Nove locais monitoram atendimentos e pontuam número de casos. O trabalho serve como um termômetro, indicando os tipos de vírus que estão em maior circulação e que podem causar as hospitalizações
Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
Para o controle e acompanhamento da síndrome gripal, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) conta com nove unidades sentinelas. A vigilância é realizada em serviços de saúde com demanda espontânea e tem como principal objetivo o controle da circulação dos vírus respiratórios causadores da síndrome gripal. As unidades monitoram indivíduos que apresentam febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta.
Os locais devem informar, semanalmente, por meio do preenchimento de formulário específico, a proporção de atendimentos de casos por síndrome gripal, em relação ao total de casos atendidos na unidade de saúde durante a semana epidemiológica. A análise desse indicador possibilita monitorar oportunamente o aumento no número dos atendimentos por síndrome gripal em relação a outras doenças e, assim, observar situações que estão fora dos parâmetros esperados.
De acordo com a responsável pela vigilância dos vírus respiratórios da Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha), Bruna Granato, o trabalho possibilita a identificação precoce de surtos por vírus respiratórios de importância em saúde pública. “O trabalho das [unidades] sentinelas serve como um termômetro, indicando os tipos de vírus que estão em maior circulação e que podem causar as hospitalizações. É essencial também para o desenvolvimento da vacina da gripe, atualizada anualmente”, ressalta Bruna.
“O trabalho das unidades sentinelas serve como um termômetro, indicando os tipos de vírus que estão em maior circulação e que podem causar as hospitalizações” Bruna Granato, da Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar
O último boletim epidemiológico revelou um aumento de atendimentos por síndrome gripal a partir da semana epidemiológica 7/2023, em fevereiro, reforçando a sazonalidade dos vírus respiratórios no período que antecede o outono. A partir da semana 13/2023, em abril, houve redução no número de atendimentos. Neste ano, já foram realizadas 1.147 coletas de amostras nas nove unidades sentinelas. Os vírus Influenza B e Influenza A estão entre os mais comuns detectados nas amostras.
Durante uma consulta, realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte, a estudante Camila Cristina Souza, moradora da 709 Norte, foi fazer o teste de covid-19, pela primeira vez. “Faço acompanhamento no posto de saúde e fui encaminhada para cá, junto com minha mãe e meus irmãos. Ninguém da minha família ainda teve covid-19. Mas por conta dos sintomas, a equipe me encaminhou para realizar a testagem. É a primeira vez que faço. Estou com a garganta ruim, com tosse e coriza”, explicou.
A enfermeira Jéssica Luana Gomes, da UBS 2, faz parte da equipe de coleta sentinela e exemplificou o fluxo de trabalho. “Os agentes e as equipes avaliam o paciente e realizam o teste de covid-19. Depois, encaminham para realizarmos a coleta de RT-PCR e fazermos a testagem que compõe o painel viral, em que são pesquisados outros vírus respiratórios, como Influenza e o vírus sincicial respiratório. Todos estão orientados a encaminhar os pacientes com síndrome gripal para realizarmos os testes, pois dependemos da demanda espontânea”, afirma a profissional.
Síndrome respiratória aguda grave
Nas primeiras semanas de 2023, verificou-se um aumento nas notificações de casos graves de síndrome respiratória, caracterizadas por pacientes internados com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), alcançando o pico na semana 11/2023, em março, com 256 casos.
Já são 4.220 casos de SRAG e 99 óbitos registrados nas primeiras 24 semanas de 2023. Quando se compara com o mesmo período do ano passado, verifica-se a redução de 24,9% no número de casos (5.617) e um recuo de 87,9% de óbitos (815). Em relação à identificação do agente etiológico, no período de 2020 a 2022, observa-se o predomínio dos casos por SARS-CoV-2.
Vacinação contra a gripe
Segundo o painel Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, do Ministério da Saúde, o Distrito Federal tem uma população alvo com mais de 1,1 milhão de pessoas. Mas, de acordo com dados do Sistema do Programa Nacional de Vacinação, até o dia 30 de junho, a capital vacinou apenas 45% do grupo prioritário, formado por crianças, gestantes, puérperas, indígenas, idosos, trabalhadores da área de saúde e professores.
A Secretaria de Saúde continua com a campanha de vacinação até duraram os estoques. São mais de 150 mil doses disponíveis. Confira aqui os locais de vacinação.
Unidades sentinelas de síndrome gripal no DF
Unidade Básica de Saúde (UBS) 02 – Asa Norte
Unidade Básica de Saúde (UBS) 12 – Samambaia
Unidade Básica de Saúde (UBS) 05 – Planaltina
Unidade Básica de Saúde (UBS) 01 – Paranoá
Unidade Básica de Saúde (UBS) 01 – Santa Maria
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) I – Ceilândia
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – Núcleo Bandeirante
Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib)
Hospital Brasília – Lago Sul
*Com informações da SES
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