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POLÍCIA FEDERAL deflagra operação na FGV que pode atingir magistrados de tribunais superiores

Operação da PF na FGV assombra ministros de tribunais superiores Próximas fases da ação têm potencial para avançar sobre relação da entidade...

Operação da PF na FGV assombra ministros de tribunais superiores
Próximas fases da ação têm potencial para avançar sobre relação da entidade com ministros do Judiciário.

Leonardo Sá | Agência Senado

A operação da Polícia Federa (PF) deflagrada nesta quinta-feira (17) contra a Fundação Getúlio Vargas (FGV) tem potencial para criar problemas imensos para integrantes de tribunais superiores de Brasília (DF), como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme noticiado pelo Conexão Política, a força-tarefa da PF desmontou um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraude em licitações que envolveriam a instituição. De acordo com o jornalista Rodrigo Rangel, a FGV “tem laços estreitos há tempos com magistrados de Cortes superiores”.

Nos últimos anos, a FGV patrocinou e participou de inúmeros eventos jurídicos ligados a entidades que possuem ligações com magistrados. A Fundação Getúlio Vargas também é a responsável pela aplicação do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) desde 2010.

A quebra dos sigilos da entidade pode detalhar o caminho do dinheiro a partir dos repasses e, com isso, atingir instâncias elevadas do Judiciário brasileiro. Alvos da PF nesta quinta, diversos integrantes da família Simonsen são íntimos de importantes ministros da capital federal.

Entre os assuntos que são objeto da ação policial deflagrada mais cedo está o uso da FGV para a emissão de pareceres e estudos cuja contratação servia, de acordo com a investigação, para mascarar pagamentos de propina a agentes públicos.

Reprodução / Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (17) uma ação contra esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição de ensino e pesquisa privada com sede no Rio de Janeiro (RJ).

A Operação Sofisma cumpre 29 mandados de busca e apreensão exaradas pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio, tanto na capital fluminense quanto na cidade de São Paulo (SP). Também foram expedidas ordens de sequestro e cautelares restritivas.

Segundo a PF, o esquema envolvia órgãos federais e estaduais, que contratavam a FGV com dispensa de licitação. As investigações, iniciadas em 2019, mostram que havia superfaturamento de contratos. A instituição era usada “para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos, que resultaram em pagamento de propinas”.

“Apurou-se que, mais do que emitir pareceres inverídicos que camuflavam a corrupção dos agentes públicos, a entidade superfaturava contratos feitos por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela”, diz a nota divulgada pela corporação.

Os alvos da ação usavam empresas sediadas em paraísos fiscais, como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, para lavar dinheiro e praticar a evasão de divisas.

O Conexão Política tentou contato com a assessoria de imprensa da FGV, mas ainda não recebeu resposta. O texto poderá ser atualizado em caso de deliberação.

FONTE: CONEXAOPOLITICA.COM.BR | EDIÇÃO: REDAÇÃO GRUPO M4

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