“O mais importante de trabalhar, ao mesmo tempo, nos meios militar e civil é que você utiliza os conhecimentos que adquire nos dois ambientes”
Carla Maria Clausi, coronel e médica do Hospital de Base
Os médicos Ítalo Frota, aspirante a oficial, e Carla Maria Clausi, coronel: entre a vida militar e o cotidiano em unidades de saúde do DF | Foto Tony Winston/Agência Saúde DF
A parceria também envolve militares que atuam como servidores na rede pública. Na solenidade desta sexta-feira, à frente da tropa de militares do Corpo de Saúde estava a coronel médica Carla Maria Clausi. Ela concilia as atividades da carreira de militar com os plantões no Hospital de Base do Distrito Federal.
“O mais importante de trabalhar, ao mesmo tempo, nos meios militar e civil é que você utiliza os conhecimentos que adquire nos dois ambientes”, avalia a médica militar.
Treinada pelo Exército para atuar em casos de traumas causados em situações de combate, a coronel Carla aplica esses conhecimentos no seu dia a dia no Hospital de Base. Na rede pública, ela socorre vítimas de traumas, como os causados por acidentes automobilísticos.
“A gente transfere os conhecimentos adquiridos dentro da medicina operativa, porque a medicina operacional do Exército é voltada para o combate, para o trauma”, explica. No Ministério da Defesa, recentemente a médica atuou no enfretamento à covid-19, na assistência a populações indígenas, além de apoio em situações de calamidade pública e na missão de paz no Haiti.
Quem também concilia a atuação militar com a prestação de serviço ao Sistema Único de Saúde é o médico Ítalo Frota. Uniformizado, ele é aspirante a oficial. Com roupas civis, integra o quadro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no entorno do DF. “Lá a gente tem uma experiência, em termos de contingente, bem maior, e uma variedade maior de atendimentos”, relata.
A dualidade civil-militar é ressaltada pelo Exército Brasileiro até na escolha da data escolhida para celebração do Dia do Serviço de Saúde. Isso porque em 27 de maio nasceu João Severiano da Fonseca, médico que atingiu o posto de general de brigada e participou da Guerra do Paraguai.
Antes, porém, de trajar uniforme, o patrono da data foi reconhecido pelo imperador Dom Pedro II por sua atuação no combate à epidemia de cólera que assolava o Rio de Janeiro no início dos anos 1850. No serviço militar, replicou esse conhecimento para enfrentar surtos de varíola e também de cólera entre soldados na área de conflito.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF
FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: REDAÇÃO GRUPO M4
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