Moradores debatem criação da região administrativa do Arapoanga Proposta é estudada pelo GDF como forma de integrar e harmonizar as ações e ...
Moradores debatem criação da região administrativa do Arapoanga
Proposta é estudada pelo GDF como forma de integrar e harmonizar as ações e programas de governo com os interesses da comunidade local
Cerca de 230 pessoas participaram da audiência pública que debateu, neste sábado (7), a proposta de criação da região administrativa do Arapoanga. Alavancar o desenvolvimento econômico, gerar empregos, conseguir equipamentos públicos, atrair instituições financeiras, ter órgãos públicos, como delegacia e conselho tutelar, e melhorar a infraestrutura urbana estão entre as razões apontadas pelos participantes do encontro em favor da nova RA.
“Este é o momento de saber se vocês que residem e trabalham aqui consideram ou não importante que o Arapoanga venha a ter uma administração regional”Valmir Lemos, secretário Executivo das Cidades
Além de oportunizar a manifestação da população, a audiência pública, realizada pela Secretaria de Governo do DF com o apoio de 14 órgãos do Governo do Distrito Federal, teve o objetivo de assegurar transparência ao andamento do processo do GDF de se criar mais uma região administrativa.
Arapoanga faz parte da região de Planaltina e tem aproximadamente 50 mil habitantes. De acordo com o secretário Executivo das Cidades, Valmir Lemos, a proposta de criar a região está sendo estudada pelo GDF como forma de integrar e harmonizar as ações e programas de governo com os interesses da comunidade local. A audiência faz parte do processo em andamento no Executivo.
“Este é o momento de saber se vocês que residem e trabalham aqui consideram ou não importante que o Arapoanga venha a ter uma administração regional. O resultado dessa audiência servirá para instruir o processo junto com todas as informações técnicas já constantes e as que ainda serão produzidas, para finalizar e levar o estudo ao governador Ibaneis Rocha”, disse Lemos.
Moradores do Arapoanga expuseram, durante a audiência, argumentos a favor e contra a criação da região administrativa | Foto: Divulgação/Segov
Participação popular
“Essa RA vem para desenvolver. Desenvolvimento na saúde, educação, segurança. Sou totalmente a favor, tem que ter crescimento com desenvolvimento”, manifestou-se a moradora Valquíria Maria da Cruz.
Quem compartilha da opinião dela é Severino Rogério Rodrigues do Nascimento, líder comunitário e diretor da Associação Comercial e Industrial do Arapoanga (Aciara). Conhecido como Rogério Arapoanga, é morador há 25 anos da cidade e luta pela criação da região administrativa. “Sou favorável pela geração de emprego. Temos aproximadamente 400 comércios que geram imposto e renda. Nós acreditamos que vai crescer realmente porque através da região administrativa vem o desenvolvimento social e econômico. Vem a presença do Estado com mais saúde, educação, segurança e geração de emprego”, defendeu.
Rogério também elogiou a iniciativa do governador Ibaneis Rocha de promover a audiência. “Este dia fica marcado na história do nosso povo”, afirmou.
Para Laércio de Carvalho, ser uma região administrativa é uma forma de os governantes voltarem seus olhos para a localidade. Delegado da Polícia Civil, ele trabalhou por 12 anos na cidade e conhece bem a realidade da região. “É para uma RA que o governo destina seus recursos e investimentos. Hoje tudo é centralizado em Planaltina, e Arapoanga precisa ter a atenção do governo. Isto acontecerá quando ela se tornar uma região administrativa”, disse.
O morador Bertoldo Matos é mais cauteloso quanto ao assunto. Ele disse que não é contra a criação, mas ponderou que a RA pode se tornar um apêndice da administração de Planaltina para usufruir de uma estrutura pública que não é suficiente para atender as duas cidades, caso Arapoanga seja criada. Segundo ele, deve-se melhorar o efetivo da segurança pública e dos equipamentos já existentes, como o hospital, por exemplo, de forma a melhor atender toda a comunidade.
O administrador regional de Planaltina, Célio Rodrigues, fez um balanço muito positivo da consulta feita à população. “A audiência correspondeu à nossa expectativa, foi muito tranquila. Teve momentos de embate, mas foram de uma forma muito respeitosa. Eu creio que o nosso papel de realização da audiência foi cumprido”, afirmou.
Após a conclusão dos estudos e pareceres dos órgãos do GDF, o processo será enviado ao governador, que decidirá sobre o encaminhamento de projeto de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Participaram da audiência o diretor Mobiliário da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), Marcos Palomo; representantes das secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação; de Transporte e Mobilidade; de Segurança Pública; de Educação; da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan); da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap); da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb); e os deputados distritais Hermeto e José Gomes.
*Com informações da Secretaria de Governo
FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: REDAÇÃO GRUPO M4
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