O presidente da Fecomércio, Chico Maia morreu por complicações da covid-19. Francisco Maia estava internado na UTI do hospital Santa Lúcia N...
O presidente da Fecomércio, Chico Maia morreu por complicações da covid-19. Francisco Maia estava internado na UTI do hospital Santa Lúcia Norte desde 17 de janeiro. Ele tinha 71 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (17/2) sendo mais uma vítima da Covid-19
Foto: Pedro Arlan.
A Fecomércio-DF comunicou, com pesar, o falecimento do presidente da instituição. O empresário morreu em decorrência de complicações provocadas pelo novo coronavírus.
Francisco Maia estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia Norte desde 17 de janeiro. Casado há 44 anos com Solange Pinheiro Farias, ele deixa três filhos e seis netos.
O velório ocorrerá hoje (17/02), na capela 7 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, às 14h, com previsão de término às 16h30. O Sepultamento será realizado às 17h.O pioneiro de Brasília deixa uma marca, sobretudo, de inovação, integração e responsabilidade social. Empresário dos segmentos de hotéis e de comunicação, Francisco Maia assumiu o Sistema Fecomércio-DF no dia 6 de fevereiro de 2019, procurou integrar, fortalecer e reestruturar as instituições – dando voz aos sindicatos, atendendo a população mais carente e unindo os empresários do comércio da capital do País.
Como presidente da Fecomércio, do Sesc e do Senac no DF, Francisco Maia deixou um legado histórico de combate à pandemia do coronavírus e de luta contra a fome e a desigualdade social. Assim que a pandemia surgiu, no primeiro trimestre de 2020, ele não mediu esforços para auxiliar a população e os empresários. Foram diversas ações: disponibilização de crédito junto ao BRB; doação de marmitas, sopas, máscaras e testes para a população. Também foi realizada uma campanha para ajudar os pequenos negócios, os mais afetados pela crise.
Em 2019, primeiro ano de seu mandato, ele deu início a um dos projetos mais ambiciosos da Fecomércio: o Natal Sempre Monumental, uma festa idealizada para alavancar a economia da cidade, estimulando o turismo e as vendas.
Perfil
Nascido em Teresina (PI), Francisco Maia Farias foi criado em São Luís (MA) até os 13 anos, quando se mudou para Brasília, em 1963, e adotou a cidade para viver.
Formado em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), trabalhou nos principais veículos de comunicação da cidade durante a década de 1970, tendo passado por Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Rádio Nacional e Diário de Brasília, até virar empresário e montar o próprio negócio na área de comunicação social. Foi pioneiro no segmento de produtoras de vídeo e, posteriormente, virou empreendedor no setor de eventos e hotelaria.
Há 21 anos, Francisco Maia também fazia parte da diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), tendo se tornado o atual presidente da entidade. Há oito anos, atuava como presidente do Sindicato das Empresas de Promoção de Eventos do DF (Sindeventos). Também foi vice-presidente no Sindicato das Empresas de Turismo do Distrito Federal (Sindetur-DF) por quatro anos e era o atual presidente da Câmara de Turismo e Hospitalidade da Federação.
O mandato como presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio) seguiria até julho de 2022.
Repercussão
O governador Ibaneis Rocha (MDB) lamentou a morte de Francisco Maia. "Uma pena. Além de empresário bem-sucedido, tinha um lado social muito forte", disse Ibaneis Rocha.
O governador do DF lembra que foram várias as iniciativas que tocaram juntos ao longo dos últimos dois anos. "Desde o Natal monumental até ações sociais das mais diversas", ressaltou.
"É com imensa tristeza que recebi a notícia e lamento o falecimento de Chico Maia, um grande amigo e líder do setor produtivo do DF. Manifesto as condolências a familiares e todos os membros da família Fecomércio/Sesc/Senac. Conte com todo o meu apoio e orações neste momento tão difícil" , comentou o vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Delmasso.
O secretário de Economia do DF, André Clemente, também lamentou a morte do empresário. "Francisco Maia foi um grande representante do setor produtivo, cuja contribuição para o desenvolvimento econômico do DF é inestimável", escreveu.
O secretário de Cultura e amigo de Maia, Bartolomeu Rodrigues, disse que eles tinham projetos para desenvolver juntos e mantinham uma estreita colaboração, sempre pensando em inovar. "A cultura de Brasília deve muito a esse verdadeiro empreendedor que, com visão revolucionária, sempre apoiou os artistas do Distrito Federal. Chico Maia trabalhava como se soubesse que o tempo é curto, que não podemos deixar os nossos sonhos para o amanhã, que a vida só vale a pena quando conseguimos realizar. Meus sentimentos a todos os familiares."
"Um líder que, com muito trabalho e persistência, conseguiu unir todos os setores por um objetivo comum: o bem-estar de uma comunidade. Agradecemos a esse líder pela dedicação e todo o trabalho prestado com muito carinho a nossa Capital Federal. Que possamos orar pela sua família neste momento de dor e tristeza", se pronunciou a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça.
A deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), ressaltou que o empresário fez parte da história de Brasília, da luta pelo crescimento e valorização da cidade. "Meus sentimentos à toda família e amigos. Que Deus os conforte e dê força aos que perdem seus entes queridos para o coronavírus. Vamos seguir atentos, reforçando os cuidados e trabalhando para garantir vacina para todos."
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