Após meses de contato estritamente virtual, escolas, alunos e pais se preparam para a volta do ano letivo presencial em diversos estados. ...
Após meses de contato estritamente virtual, escolas, alunos e pais se preparam para a volta do ano letivo presencial em diversos estados. Além dos cuidados necessários em tempo de pandemia, especialistas têm chamado atenção para a atualização dos cartões de vacinação. Em alguns estados como Paraná, Roraima e Paraíba, uma lei estadual obriga a apresentação do cartão de vacinação atualizado, no ato da matrícula na escola. A medida serve para instituições de ensino públicas e privadas
Como a maioria das escolas não exige o documento, a atualização do cartão de vacina acaba ficando de lado,especialmente em ano de pandemia. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal vem em queda há cinco anos, mas em 2020 atingiu as piores médias. Entre os motivos para os resultados baixos, pode estar o receio da transmissão da covid-19.
Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmam que, nos últimos cinco anos, o número de crianças vacinadas diminuiu. Em 2018, por exemplo, quase 100% (99,7%) das crianças foram vacinadas com a BCG, que protege contra a tuberculose. Já em 2020, esse percentual caiu para menos de 64% (63,88%).
“A vacinação é a forma mais eficaz de proteger as crianças de diversas doenças graves e que podem ser evitadas por vacinas. Entretanto, a queda da cobertura vacinal pode possibilitar o retorno da poliomielite, sarampo, surtos de febre amarela por falta de vacinação, entre outras doenças evitáveis, que estão no calendário de vacinação da criança e do adolescente”, diz a médica infectologista e gerente médica do Sabin Imunização, Ana Rosa dos Santos.
A queda e a estagnação dos índices de vacinação são fenômenos mundiais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 20 milhões de crianças em todo o mundo não foram vacinadas contra doenças como o sarampo, a difteria e o tétano em 2018. Essa situação resultou em surtos de sarampo em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil.
“As vacinas estão há mais de 200 anos combatendo doenças infecciosas. Mas, para garantir a erradicação de doenças, é essencial que todos continuem seguindo o Calendário Nacional de Vacinação”, pontua a especialista.
No Distrito Federal, o Sabin oferece serviço de imunização que atua diretamente em programas de saúde e qualidade de vida, oferecendo prevenção e controle de doenças por meio da vacinação. Estão disponíveis, em unidades e também através do serviço em domicílio, onde é possível adquirir as doses pela loja virtual, mais de 20 tipos de vacinas previstas no calendário de vacinação de bebês, crianças, adolescentes, adultos, mulheres, idosos, trabalhadores e viajantes.
“Estamos oferecendo ainda orientação do cartão de vacinas nas escolas evitando o atraso do esquema de vacinação. As altas coberturas têm sua importância no impacto coletivo e a rede privada contribui de forma complementar, ”diz Ana Rosa.
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