Presidente faz balanço dos quatro anos de governos em vídeo com quase 20 minutos de duração. No discurso, ele condena a invasão ao Capitólio...
Presidente faz balanço dos quatro anos de governos em vídeo com quase 20 minutos de duração. No discurso, ele condena a invasão ao Capitólio e pede que os EUA sejam respeitados pelo mundo.
Trump em vídeo de despedida da presidência — Foto: Reprodução/Youtube/Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um vídeo de despedida do mandato nesta terça-feira (19), véspera da posse de Joe Biden.
Na gravação, que tem cerca de 20 minutos, o republicano fez um balanço dos quatro anos de mandato nos diferentes setores e agradeceu a auxiliares, ao vice-presidente Mike Pence, e a apoiadores. Trump desejou sorte ao novo governo, mas em momento nenhum citou o nome de Biden.
"Agora que eu me preparo para entregar o cargo a um novo governo, eu quero que saibam que o movimento que criamos está apenas começando", afirmou.
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Trump disse que nunca foi um político e que concorreu à presidência porque "sabia que havia novos e altíssimos cumes nos EUA esperando para serem escalados". "Eu sabia que o potencial para nossa nação era grande, desde que colocássemos os EUA em primeiro lugar", disse.
"Nossa agenda não era sobre direita ou esquerda, não era sobre republicano ou democrata, mas sobre o bem de uma nação, e isso significa toda a nação."
Sem mencionar nenhum ponto específico, Trump também disse que, "como nação mais poderosa do mundo, os EUA sofrem com constantes ameaças e desafios de fora".
"Mas o maior perigo que corremos é a perda de confiança em nós mesmos. A perda de confiança em nossa grandeza", afirmou.
Veja abaixo alguns trechos do discurso de despedida de Trump
Invasão ao Capitólio e bloqueio nas redes
Na gravação, Trump condenou os extremistas que invadiram a sede do Congresso americano no dia da oficialização de Biden como presidente eleito. A invasão ocorreu momentos depois de o republicano discursar, o que gerou um processo de impeachment aprovado na Câmara e que aguarda julgamento no Senado — previsto para ocorrer quando Trump já não for mais presidente.
"Todos os americanos ficaram horrorizados com a agressão ao nosso Capitólio. Violência política é um ataque a tudo que prezamos como americanos. Isso nunca pode ser tolerado", disse Trump.
Bloqueado nas redes sociais após ser acusado de incitar a violência, Trump disse que a "crença robusta na liberdade de expressão e debate aberto" estava no "centro da herança americana". Ele não mencionou diretamente a decisão tomada por gigantes da tecnologia, mas afirmou: "Não é nem pensável que a censura tenha lugar nos EUA", defendeu.
"Os EUA não são uma nação tímida de almas domadas que acham que precisam ser protegidos de quem discordamos. Isso não é o que somos."
Vacinas e crescimento econômico
Na declaração, Trump voltou a se referir ao coronavírus como "vírus chinês" — denominação que ele tem usado desde o início da pandemia, há quase um ano — e disse que os EUA tiveram melhores resultados econômicos do que outras nações. Nesta terça, o país chegou a 400 mil mortes por Covid-19.
Trump também celebrou o rápido desenvolvimento de vacinas e disse que outros governos levariam "de três a dez anos para produzi-las". "Nós fizemos isso em nove meses", afirmou. A vacinação nos EUA começou em dezembro, mas autoridades temem que faltem doses nas próximas semanas.
Militares e diplomacia
Além disso, em tom de campanha e de balanço final dos quatro anos de governo, Trump celebrou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, disse que cumpriu com as metas de aumentar a segurança na fronteira com o México e elogiou as pressões impostas a outros países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
"O mundo nos respeita de novo. Por favor, não percam esse respeito", declarou.
No campo militar, Trump celebrou o fato de não ter colocado o país em novas guerras ao mesmo tempo em que aumentou os gastos com o setor militar, inclusive criando um novo braço das Forças Armadas, a Força Espacial.
O magnata também comemorou a ação que terminou na morte do general iraniano Qassem Soleimani, há um ano, e o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Segundo o presidente, a diplomacia americana conseguiu chegar a "acordos de paz históricos" no Oriente Médio.
"Há um amanhecer no Oriente Médio, e estamos trazendo nossos soldados de volta para casa."
A posse de Biden
Joe Biden toma posse como presidente dos EUA nesta quarta-feira (20), em cerimônia em Washington. Por causa da pandemia, o evento não terá a presença do público como em outros anos. Militares da Guarda Nacional reforçam a segurança com as preocupações com extremistas após a invasão ao Capitólio. Como raramente aconteceu na história, o presidente Donald Trump não estará presente para transmitir o cargo.
FONTE: G1.GLOBO.COM
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