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A Organização Mundial de Saúde (OMS) não espera uma vacinação ampla contra a covid-19 até meados do ano que vem, disse uma porta-voz da entidade, Margaret Harris, nesta sexta-feira (4), enfatizando a importância de checagens rigorosas sobre a eficácia e a segurança das vacinas.
Foto: BD Tribuna do DF
Nenhuma das candidatas a vacina que estão em testes clínicos avançados demonstrou, até agora, sinal claro de eficácia em um nível mínimo de 50% buscado pela OMS, disse a porta-voz Margaret Harris.
A Rússia deu aprovação regulatória para uma vacina contra a covid-19 em agosto após menos de dois meses de testes em humanos, levando alguns especialistas ocidentais a questionaram a eficácia e a segurança do imunizante.
Autoridades de saúde pública dos Estados Unidos (EUA) e a Pfizer disseram na quinta-feira (3) que a vacina pode estar pronta para distribuição até o final de outubro. Este prazo é um pouco antes da eleição presidencial norte-americana de 3 de novembro, na qual a pandemia do novo coronavírus deve ser um fator importante entre os eleitores que decidirão se o presidente dos EUA, Donald Trump, terá um segundo mandato.
"Realmente não estamos esperando ver uma vacinação ampla até meados do ano que vem", disse Harris durante um briefing da Organização das Nações Unidas em Genebra.
"Esta Fase 3 (de testes clínicos) tem que ser mais longa, porque precisamos ver quão realmente protetora a vacina é e também precisamos ver quão segura ela é", disse ela. Harris não se referiu a qualquer vacina em potencial especificamente.
Todos os dados dos testes têm de ser compartilhados e comparados, disse ela. "Muitas pessoas foram vacinadas e o que não sabemos é se a vacina funciona neste momento não temos um sinal claro se tem ou não o nível se eficácia e segurança necessários."
"Não tem como retornarmos com a vida ao normal sem que haja uma vacina efetiva que imunize toda a nação. É colocarmos em risco a vida dos brasileiros. Como podemos enviar nossos filhos para a escola com tranquilidade? Andar normalmente seja aonde for, mesmo com toda a segurança e protocolos sanitários? Sabemos que a vida precisa continuar, que a economia precisa retornar para que tenhamos meios de sobrevivência, mas a que preço? Da vida das pessoas mais carentes? Da vida dos nossos pais e avós? Da vida dos menos assistidos? Fica aqui à reflexão de todos."
Jornalista Anderson Miranda - CEO M4 Comunicação e Mídia.
AGÊNCIA BRASIL
REDAÇÃO TRIBUNA DO DF
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